Sociedade | 28-02-2022 18:00

Empresas que poluem devem ser punidas por não terem responsabilidade social e ambiental

Anabela Freitas diz que está a ser avaliado o uso de autotanques para abastecer a comunidade

Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, mostrou-se satisfeita por se ter cumprido o objectivo principal da mega acção de limpeza da albufeira de Castelo do Bode.

Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, mostrou-se satisfeita por se ter cumprido o objectivo principal da mega acção de limpeza da albufeira de Castelo do Bode. Em declarações a O MIRANTE, a autarca frisou que as pessoas que visitam a albufeira têm demonstrado uma consciência cívica e ambiental que merece ser aplaudida, “salvo algumas excepções”.
A presidente referiu que partilhou com o ministro algumas preocupações com o sistema de abastecimento de meios aéreos pesados de combate a incêndios porque em relação às reservas de água para o abastecimento de consumo humano estão garantidas para os próximos dois anos. No entanto, sublinhou que, em termos de protecção civil distrital, está a ser estudada a possibilidade de colocar em prática um “Plano B” para realizar o abastecimento das populações através de auto-tanques.
A poluição foi um dos temas centrais da manhã e também foi abordado na conversa de Anabela Freitas com O MIRANTE, principalmente por o Nabão, rio que atravessa a cidade de Tomar, ser vítima constante de atentados ambientais por parte de empresas. A autarca afirma que não compete ao município realizar a fiscalização, mas que há vários anos que se mostra disponível para fornecer equipamentos e recursos humanos para essas operações.
Questionada sobre o facto de apenas cerca de 6% dos crimes ambientais chegarem a julgamento ao longo da última década, Anabela Freitas lamenta que existam empresários sem responsabilidade social e ambiental. “Não é justo para quem investe muito dinheiro nas suas empresas para fazer o tratamento adequado das águas residuais, por exemplo, que outras empresas saiam impunes e continuem com más práticas e a poluir o ambiente. É preciso chegar às últimas instâncias e punir severamente quem comete estes crimes”, vinca, acrescentando estar à espera que se forme o novo Governo para dar seguimento ao processo de despoluição do rio Nabão que deverá envolver um investimento de cerca de 25 milhões de euros, comparticipados pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

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