Sociedade | 28-08-2022 18:00

Enfermeiros do Médio Tejo contestam agravamento das condições de trabalho

Enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo querem ver rectificado o tempo que não foi contado para progressão de carreiras e estão contra o aumento do volume de trabalho extraordinário. fotoDR

Enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo querem que seja rectificado o tempo que não foi contado para progressão de carreiras e são contra o aumento do volume de trabalho extraordinário.

Os enfermeiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) realizaram uma greve na terça-feira, 23 de Agosto, aos turnos da manhã e da tarde, para reivindicar o desbloqueamento da avaliação para progressão nas carreiras e contestar o agravamento das condições de trabalho.
“A greve serve para reivindicar que seja rectificado aos enfermeiros o tempo que não foi contado para progressão nas carreiras, que cumpram os horários de trabalho de modo a permitir os descansos e folgas, e para reiterar que somos totalmente contra a diminuição da dotação de enfermeiros”, disse à Lusa Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
Em conferência de imprensa à entrada do Hospital de Torres Novas, um dos três hospitais que integram o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), a dirigente sindical frisou que a questão central tem a ver com o problema da progressão das carreiras, um processo que remonta a 2018 e que estará a afectar 80% dos cerca de 700 enfermeiros do centro hospitalar.
“O CHMT, desde o descongelamento da administração pública, é um dos hospitais do país que menos contabilizaram os anos não avaliados. Não avaliou os enfermeiros entre 2004 e 2014, em períodos diferenciados”, disse Helena Jorge, tendo feito notar que “há 20 e tal anos que estes enfermeiros continuam a ganhar o vencimento base da carreira, mantendo-se uma discriminação entre os vínculos a contrato individual de trabalho (CIT) e da função pública. Há outros problemas, como o aumento do volume de trabalho extraordinário, não cumprimento dos regulamentos de horários, e não atribuição de um dia de férias aos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho (CIT), acrescentou.

CHMT promete diálogo construtivo
O Conselho de Administração do CHMT disse à Lusa que “promove e implementa uma cultura de diálogo e negociação construtiva com as estruturas sindicais representativas dos seus profissionais de saúde” tendo assegurado uma “permanente disponibilidade para encontrar respostas às reivindicações laborais, dentro dos limites da autonomia que a instituição possui, e sempre em estrito cumprimento do quadro legislativo existente”.
O CHMT disse ainda que vai reunir com o SEP no início da segunda quinzena de Setembro para receber formalmente, e com espírito de negociação construtiva, as reivindicações dos enfermeiros.

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