A Câmara de Tomar tem colocado alcatrão em várias passadeiras calcetadas nas ruas da cidade, medida que levou a uma tomada de posição do vereador Luís Francisco (PSD) em sessão camarária. O autarca afirmou não compreender como é que essa solução passou a ser uma prática recorrente e que tem contribuído para passar uma má imagem da cidade.

Luís Francisco considera que tem de existir material disponível para os técnicos municipais intervirem nas calçadas de Tomar e que, se houver défice de calceteiros nos quadros da autarquia, deve estabelecer-se um contrato com uma empresa desse sector de actividade para resolver situações desse género.

Anabela Freitas (PS), presidente da câmara, concordou com a tomada de posição do vereador, afirmando que não é bonito remendar as passadeiras com massas frias e que vai ser inevitável “ir acabando com as passadeiras calcetadas”, dando o exemplo do que já foi realizado em algumas avenidas da cidade.

A presidente explicou que a substituição por passadeiras pintadas é essencial por questões de segurança rodoviária, assunto que já foi conversado com a PSP (Polícia de Segurança Pública) e a GNR (Guarda Nacional Republicana). Anabela Freitas partilhou ainda o facto de haver apenas um calceteiro nos quadros do município e que tem sido muito difícil arranjar empresas para realizar trabalhos. “Não queremos substituir os passeios porque a calçada faz parte da cultura de Tomar, mas têm que se fazer ajustes”, disse, acrescentando que o custo de manutenção das passadeiras calcetadas implicaria um investimento maior do que desfazer e pintar.

Filipa Fernandes, vereadora socialista, referiu ainda que as passadeiras calcetadas colocam muitas contrariedades a pessoas com mobilidade reduzida. “Quem anda de cadeira de rodas, por exemplo, tem-se queixado da dificuldade que sente ao atravessar essas passadeiras. Acho que é um factor importante de relevar”, vincou.