Governo ouviu reivindicações de estudantes de Tomar
Associações de estudantes de Tomar defendem que os alunos devem ter representação nos conselhos pedagógicos das escolas e exigem acompanhamento na área da saúde mental para os jovens e reforço dos funcionários.
Associações de estudantes de Tomar defendem alterações à lei para que representantes dos alunos voltem a integrar os conselhos pedagógicos das escolas, exigem acompanhamento na área da saúde mental para os jovens e reforço dos funcionários.
As reivindicações fazem parte do “Manifesto do Estudante: por uma escola mais democrática”, que alunos dos ensinos básico e secundário dos agrupamentos de escola Santa Maria do Olival e Jácome Ratton, de Tomar, apresentaram no dia 14 de Setembro numa sessão com a presença do secretário de Estado da Educação, António Leite, com o qual os dirigentes das associações estudantis se vão reunir.
André Pereira, um dos alunos que deu impulso à ideia de colocar as associações de estudantes da cidade a conversarem, disse à Lusa que, desta união “inédita”, nasceu o manifesto contendo “quatro prioridades” definidas pelos participantes nos debates que se iniciaram após as celebrações da revolução do 25 de Abril.
“Os quatro propósitos apresentados no manifesto são as quatro prioridades: assegurar que os alunos têm uma representação no Conselho Pedagógico, que tiveram até 2008 e deixaram de ter legalmente; o apoio e reforço à saúde mental dos jovens, tanto nas escolas como fora; o número e motivação dos funcionários não docentes; as condições técnicas das escolas, como refeições e instalações”, disse.
“Os alunos têm de ter uma voz, é uma coisa até sensata, não só pela questão da democracia, mas também do que é a eficiência de uma escola. Se é feita pelos e para os alunos convém que sejam pelo menos ouvidos no processo”, declarou.
Na outra questão colocada no manifesto, a da saúde mental, “a verdadeira grande pandemia deste século, que tem a ver com ‘stress’, ansiedade, depressão”, os alunos citam um “pequeno estudo” realizado num dos agrupamentos que revela “dados absolutamente assustadores”. “Defendemos que deve haver um apoio tanto da saúde preventiva, mas também reforço do atacar do problema”, disse.