Sociedade | 13-08-2022 18:00

Jorge Figueira tem exposição fotográfica<br>sobre os 90 anos do Colete Encarnado

Jorge Figueira defende que um bom fotografo tem que ter sensibilidade no olhar

Intitulada “Gentes com Alma” a exposição da autoria de Jorge Figueira presta homenagem às principais figuras que ajudaram a realizar, ao longo de 90 anos, a maior festa do concelho de Vila Franca de Xira, o Colete Encarnado. Fotografou pela primeira vez aos 15 anos e actualmente tem uma colecção com mais de meia centena de máquinas fotográficas e de filmar.

Jorge Figueira, 59 anos, é natural de Espinho, mas veio viver para o concelho de Vila Franca de Xira pouco depois de ter nascido. Trabalha profissionalmente no ramo imobiliário, mas é a fotografar que se sente completo. Começou o seu percurso na fotografia aos 15 anos e recorda com saudade os tempos em que utilizava a máquina fotográfica do seu pai. A primeira fotografia que tirou foi em 1978, à Sé de Viseu, recordação que guarda até hoje.
A O MIRANTE garante que nunca sai de casa sem levar a máquina consigo. Já esteve inscrito em vários cursos da especialidade, mas acabou sempre por nunca os frequentar, assumindo-se orgulhosamente como um autodidacta. Gosta de fotografar de tudo um pouco, nomeadamente pessoas, edifícios, o mar, a lezíria ribatejana, entre outras paisagens.
No seu ponto de vista, o mais importante para ser um bom fotografo é a sensibilidade com que se olha para as coisas. Ter uma boa máquina fotográfica também é importante, mas não é fundamental. É importante ler muito para aprender a parte técnica, mas o essencial é treinar o dedo sem medos e fotografar constantemente, aconselha. Para o fotógrafo não existe a foto perfeita, assim como não existem sítios perfeitos para fotografar. Os gostos pessoais interferem no modo como as pessoas olham para a fotografia, diz.
Jorge Figueira é coleccionador de máquinas fotográficas, tem mais de meia centena, e de máquinas de filmar antigas, ao todo tem 15. Tem-nas expostas na sala de sua casa, sendo que a máquina fotográfica mais antiga é de 1901. Tem como referências Fernando Guerra e António Barreto e já expôs os seus trabalhos em pelo menos 15 galerias e em várias publicações. A sua primeira exposição foi colectiva, há cerca de quatro décadas, com imagens do Convento do Cabo Espichel e do porto de pesca de Porto Covo. A mais recente está patente na Fábrica das Palavras, em Vila Franca de Xira, com o título “Gentes com Alma”. A exposição está integrada nas comemorações dos 90 anos do Colete Encarnado e tem como principais protagonistas o campino e todos os que contribuem para a realização do certame.
Desta exposição destaca duas fotografias: “Uma imagem de uma senhora mais velha a poucos metros do toiro a ser avisada por todos, mas sem dar por isso; e a fotografia de um senhor, que por ser muito grande, ficou entalado numa tronqueira e teve que ser socorrido por várias pessoas”.

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