Sociedade | 10-08-2022 18:00

Maus cheiros de fábrica em Pena incomodam vizinhança

Joaquim Brás, morador em Pena, diz que por vezes não consegue estar na rua devido aos maus cheiros causados pela empresa

Câmara de Torres Novas diz que foi feita vistoria em Junho tendo sido solicitada a legalização das lagoas onde são depositados os detritos da empresa de transformação de azeitona e tremoços.

Alguns moradores do lugar da Pena, no concelho de Torres Novas, afirmam ser impossível viver no local devido aos maus cheiros que dizem ser oriundos de uma empresa de transformação de azeitona e tremoços. Filipa Alfaiate tem crianças pequenas que não podem ir para o quintal brincar por causa do odor, que diz ser insuportável. “Já tive três labradores que morreram com Leishmaniose e o veterinário explicou-me que as águas paradas são muito perigosas para este tipo de cães. Há dias que os olhos ardem por causa dos produtos químicos”, afirma.
O MIRANTE esteve no local e confirmou o mau cheiro que se sente a algumas centenas de metros da empresa. Também Joaquim Brás diz não conseguir estar na rua. “Há momentos em que ficamos com a garganta arranhada. Tudo isto por causa de duas lagoas artificiais que os proprietários da empresa criaram e onde depositam os resíduos que sobram da transformação de azeitona e também de tremoços”, afirma.
Contactado por O MIRANTE, o presidente da Câmara de Torres Novas diz estar por dentro do assunto. Pedro Ferreira explica que a 2 de Junho deste ano foi feita uma vistoria onde estiveram presentes a Protecção Civil, elementos do Urbanismo e Ambiente, o presidente da Junta de Freguesia de Chancelaria, os proprietários da empresa e alguns dos moradores queixosos. “Foi solicitada a legalização das lagoas onde são colocados os detritos. Existe legislação que tem cláusulas que permitem a legalização das lagoas, desde que sejam cumpridos determinados pressupostos legais”, refere Pedro Ferreira, acrescentando que os empresários, que laboram no local há várias décadas, sempre procuraram resolver as situações que vão surgindo.
Pedro Ferreira esclareceu que existiam queixas sobre canalizações enterradas mas a comissão de vistoria, que esteve no local, não detectou essa situação. O MIRANTE contactou a empresa em causa, através de email, mas até ao fecho desta edição não obteve qualquer esclarecimento.

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