Médio Tejo reforça combate vespa asiática com 15 mil armadilhas
Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo prevê investir cerca de 400 mil euros para destruir ninhos de vespa velutina e instalação de mais de 15 mil armadilhas.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo está a reforçar o combate à vespa velutina (asiática), prevendo a destruição de dois mil ninhos e a instalação de mais de 15 mil armadilhas nos 13 municípios da região até 2023. Nesse sentido foi contratualizado um investimento na ordem dos 400 mil euros. É sobretudo a partir de Setembro que há a identificação de um maior número de ninhos de vespa velutina, embora em comparação com anos anteriores se esteja com um número menor de ninhos identificados.
No relatório que resume a intervenção entre Abril e o final de Agosto deste ano, foram identificados e intervencionados 172 ninhos, dos quais 163 já foram destruídos e nove aguardam intervenção. A candidatura de aquisição de serviços divide-se em duas componentes, uma direccionada para a destruição dos ninhos em toda a área de intervenção do Médio Tejo, e uma outra de colocação, manutenção e monitorização de armadilhas artesanais.
Dos ninhos identificados, cerca de 60% (102) foram sinalizados no município de Ourém, seguindo-se Ferreira do Zêzere, com cerca de 22% (37). Há, portanto, uma concentração na zona noroeste do Médio Tejo, mas perspectiva-se que haja um alargamento a outros municípios. No que respeita aos ninhos intervencionados, cerca de 21% foram ninhos primários e 79% ninhos secundários, sendo de assinalar que 50% dos ninhos foram sinalizados em árvores e 20% em telhados.
A intervenção em curso foi dividida em dois espaços territoriais, com a zona oeste do Médio Tejo a ter instaladas 7.532 armadilhas até 2023 e 1.300 ninhos marcados para destruição nos municípios de Alcanena, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Ourém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha. Na zona este, composta pelos municípios de Abrantes, Constância, Mação, Sardoal, Sertã e Vila de Rei, prevêem-se 7.533 armadilhas e a destruição de 700 ninhos.
Os especialistas estimam que cada ninho de vespas asiáticas possa comer meio quilo de abelhas autóctones por dia. A presença desta espécie de vespa foi confirmada em Portugal em 2011, sendo que o principal impacto conhecido desta espécie é a predação das abelhas.