Sociedade | 12-11-2022 12:00

Misericórdia de Alhandra quer vender prédio sem utilidade

José Alves, provedor da Misericórdia de Alhandra

Associação do Hospital Civil da Misericórdia de Alhandra quer livrar-se de um património que só tem dado prejuízo e não tem funcionalidade para as suas actividades de apoio à terceira idade. Sócios vão discutir proposta a 22 de Novembro.

A Associação do Hospital Civil da Misericórdia de Alhandra vai apresentar aos sócios uma proposta para vender um edifício em Alhandra que não tem qualquer funcionalidade para a instituição. O imóvel, situado na Rua Miguel Bombarda, tem pouco mais de 44 metros quadrados e está ocupado por uma família. A Misericórdia diz que se trata de um património que só tem dado prejuízo aos cofres da associação por ter muitos anos e não ter qualquer funcionalidade, já que não fica próximo das actuais instalações da instituição.
A proposta de alienar o imóvel vai a votação dos sócios na assembleia-geral de 22 de Novembro, marcada para as 20h30, nas instalações da CURPIFA, em Alhandra. Na sessão vai também ser discutido o orçamento da instituição para o próximo ano. O provedor, José Alves, diz a O MIRANTE que a venda não é causada por dificuldades financeiras mas antes como forma de minimizar os custos que a instituição tem com a manutenção daquele imóvel. A receita obtida com a venda do edifício, explica, pode ser uma importante almofada financeira para ajudar a melhorar o funcionamento da instituição que apoia centenas de idosos. A expectativa é que o edifício possa ser vendido por uma verba superior a 60 ou 70 mil euros. “Se o valor não for aceitável não o vendemos obviamente”, explica.

Projecto para ERPI não foi aceite
Apesar do esforço, a Misericórdia de Alhandra não conseguiu ver aprovado, no âmbito da candidatura apresentada ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na sua vertente de investimentos, o projecto de criação de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) na União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz.
A informação é confirmada a O MIRANTE pelo provedor da instituição, que lamenta o desfecho. “Foi a primeira vez que concorremos e em que tivemos de tratar de tudo isto sozinhos, é pena porque era um projecto que faria muita falta à vila e era uma oportunidade de requalificar e melhorar a zona onde seria implantado”, lamenta José Alves.
O investimento previsto rondava os 1,5 milhões de euros para construir um equipamento que serviria 35 utentes e poderia prestar apoio domiciliário a outras 15 pessoas. A Câmara de Vila Franca de Xira aprovou até, recorde-se, uma alteração ao alvará da Área Urbana de Génese Ilegal da Quinta da Ponte, situada precisamente naquela união de freguesias, onde a Misericórdia de Alhandra tem dois lotes e onde pretendia unificar os lotes 8 e 9 para construir o novo lar mas não foi suficiente para convencer os serviços do Estado.

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