Manuel José Nalha, antigo comandante dos Bombeiros Voluntários da Chamusca, faleceu na quinta-feira, 11 de Agosto, aos 89 anos de idade. A Chamusca perdeu aquele que foi o comandante que mais marcou a corporação dos homens da paz. Manuel José Nalha faleceu em casa enquanto descansava. 

Entrou para os bombeiros voluntários quando tinha apenas 16 anos. Ao longo da vida foram muitas as missões em que participou. Embora não tenha estado muitos anos como comandante da corporação, a sua passagem foi marcante. Há uns anos foi homenageado e distinguido como comandante honorário.  

A sua família mais próxima revela a O MIRANTE que a paixão pelos bombeiros era profunda e não havia dia em que não recordasse histórias passadas ou procurasse saber como estavam os seus antigos colegas. Nos grandes incêndios de 2003, quando Manuel José Nalha já tinha abandonado os bombeiros, por falta de capacidades físicas, ficou com uma grande mágoa por não ter “andando de mangueira na mão” a ajudar os colegas e a população da Chamusca, conta a família. 

Natural da Chamusca, foi durante uma vida inteira mecânico. Trabalhou para a família Amaral Netto até abrir a sua própria oficina.  

Considerado como um homem de palavra, era uma pessoa discreta e que gostava de dar um ar da sua graça junto dos familiares e amigos mais próximos. O respeito e carinho pelas pessoas da terra notava-se quando andava na rua e era cumprimentado por toda a gente como “senhor comandante”.  

A grande paixão da sua vida foi a mulher Rita, natural da Amieira do Tejo, concelho de Nisa, que faleceu há menos de dois anos.  

O velório de Manuel José Nalha realiza-se na sexta-feira, 12 Agosto, no edifício dos Bombeiros Voluntários da Chamusca. A missa de corpo presente realiza-se no sábado, 13 de Agosto, na Igreja Matriz da Chamusca, seguindo para o Crematório do Entroncamento para ser cremado. As cinzas são depositadas no Cemitério da Chamusca no mesmo dia.