Sociedade | 14-04-2022 12:00

Mulheres que sentiram no corpo a violência obstétrica

Nicole Pavão, Ana Pinto, Juliana Leal e Patrícia Vinagre – foto DR

A violência obstétrica pode ocorrer sob diversas formas, desde o desrespeito, discriminação, à aplicação de intervenções hospitalares não consentidas.

A dois dias de fazer 40 semanas de gravidez, Patrícia Vinagre deu entrada nas urgências com pré-eclâmpsia, uma complicação grave devido à hipertensão. Durante mais de 24 horas tentaram induzir-lhe o parto, mas não havia dilatação. A partir daí “foi sempre a piorar”.  Quase um ano depois não consegue pensar sequer em ter mais filhos. 

Depois de ter esperado mais de duas horas por uma vaga na sala de parto e de estar há quatro horas deitada, Nicole Pavão perguntou se podia mudar de posição por causa das dores, mas o seu pedido foi-lhe negado. Administraram-lhe a epidural e minutos depois os batimentos cardíacos da bebé começaram a baixar abruptamente. 

No caso de Juliana Leal, de 40 anos, o tempo não foi um problema. Esteve 23 horas em trabalho de parto e todos os seus pedidos foram respeitados pelos profissionais de saúde. À excepção, conta, de uma enfermeira que se negou a ajudá-la a dar de mamar à recém-nascida.

Grávida de 33 semanas, Joana Nunes ficou receosa pelo seu bebé prematuro, cujos pulmões ainda não tinham atingido a maturidade necessária para respirar cá fora. Todo o processo até ao parto, explica, foi acelerado. A experiência foi de tal forma marcante pela negativa que Joana Nunes diz não querer ter mais filhos.

Ana Pinto, residente na Póvoa de Santa Iria foi pela primeira vez mãe aos 40 anos. Nervosa e com dores conta que teve a coragem de bater o pé quando lhe disseram que o seu companheiro não podia entrar na sala onde estava há horas em trabalho de parto, mais longo do que o esperado. Já sem o efeito da epidural e sem forças, admite, a bebé teve que nascer com a ajuda de ventosas. 

*Leia a reportagem completa na edição semanal em papel desta quinta-feira, 14 de Abril

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