Sociedade | 15-08-2022 10:00

Munícipe da Chamusca é notícia e resolve problema com dois anos em dois dias

Fátima Gonçalves e Luís Vacas têm sentido dificuldades para conseguir fazer obra nas suas habitações na Chamusca

Luís Vacas conseguiu que empresa retomasse trabalhos de substituição de telhas com amianto dois anos depois de terem mandado parar a obra. Resolução foi desencadeada por uma notícia de O MIRANTE. Munícipes sentem-se desprezados e injustiçados pelo presidente da Câmara da Chamusca.

Uma semana depois de O MIRANTE ter publicado a notícia de que Luís Vacas, um morador do Bairro 1º de Maio, na Chamusca, estava há cerca de dois anos à espera para substituir o telhado de fibrocimento (material que contém amianto) da sua casa, o assunto foi resolvido.
A 3 de Julho o nosso jornal contou a história de Luís Vacas e Fátima Gonçalves, que vive numa casa contígua à de Luís há 37 anos e que comprou há cerca de três anos. O sogro de Luís Vacas contratou uma empresa para mudar o telhado de amianto da casa onde o genro e a filha vivem com os filhos. O empreiteiro deixou o trabalho a meio por falta de um documento que licenciasse a obra e a situação manteve-se assim durante quase dois anos. Poucos dias depois de ter sido notícia, o empreiteiro recebeu um documento a autorizar a conclusão da obra e alguns elementos da ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho – estiveram no local a realizar a fiscalização.
“Disseram-me que era necessária uma licença e que teria que contratar os serviços de uma empresa, com sede em Ulme, que trabalha com o município. Estou há quase dois anos à espera que a Câmara da Chamusca passe a licença para acabar de substituir o telhado de amianto. Mas não posso contratar outra empresa senão a que o município determina”, explicou, na altura, Luís Vacas.
O município veio depois afirmar que as afirmações de Luís Vacas eram “completamente falsas” e que a Câmara da Chamusca nunca mandou à sua residência nenhum funcionário ou engenheiros. Luís Vacas sente-se “injustiçado” por o presidente do município afirmar que não está a dizer a verdade, garantindo que uma funcionária da autarquia esteve no local com dois engenheiros e mandou parar a obra.
Fátima Gonçalves vive em situação semelhante, mas como não consegue resolver o problema vai optar por um plano alternativo e pintar o telhado com tinta de protecção. Tem dois orçamentos para realizar a obra, sendo que o da empresa que o município sugere custa mais três mil euros do que o de outra empresa que contactou.
Fátima Gonçalves conta que antes da pandemia tentou falar com o presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado (PS), mas nunca conseguiu. “Fui à porta da câmara pedir para falar com o presidente e disseram-me que ele não estava, mas vi-o a entrar para o edifício. Simplesmente ele não quer saber dos problemas dos munícipes. Com este presidente somos esquecidos e estamos entregues à nossa sorte, ao contrário do que acontecia com o anterior presidente, Sérgio Carrinho, de quem temos saudades”, sublinha Fátima Gonçalves.

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