Sociedade | 25-06-2022 14:13

Nível baixo no Castelo do Bode não põe em causa abastecimento de água

Câmara de Tomar está a concluir a empreitada para a criação da praia fluvial de Alqueidão, na albufeira do Castelo de Bode
foto ilustrativa

Também não está em causa o abastecimento dos meios aéreos para o combate a incêndios, embora os níveis abaixo do normal possam afectar a prática desportiva e a actividade turística na albufeira.

O nível da água na albufeira do Castelo do Bode, no rio Zêzere, está baixo mas não coloca em causa o abastecimento de água às populações nem para os meios aéreos de combate a incêndios, disse a presidente da Comissão Distrital de Protecção Civil de Santarém. Anabela Freitas, que é também presidente da Câmara de Tomar e da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, disse à Lusa que é na albufeira de Castelo de Bode que se sente mais o efeito da seca na região ribatejana, mas, afirmou, “não está em causa o abastecimento público de água”, lembrando que esta é “uma das maiores captações do país”.

Também não está em causa o abastecimento dos meios aéreos para o combate a incêndios, situação “no centro das preocupações” da comissão, por se estar “precisamente na época de incêndios”. Os níveis abaixo do normal podem afectar a prática desportiva e a actividade turística na albufeira, mas numa reunião que realizada esta semana com alguns operadores turísticos da albufeira foi referido que “os níveis estão muito baixos, mas não estão a afectar muito o negócio”.

Por outro lado, a autarca salientou que a questão dos baixos caudais no rio Tejo passa pela gestão com Espanha, algo que ultrapassa os responsáveis da região e que exige uma negociação e articulação entre os Governos de Portugal e de Espanha. Anabela Freitas afirmou que, até ao momento, não chegou ao conhecimento da comissão qualquer preocupação dos sectores da agricultura e da pecuária, salientando que será feito um novo ponto de situação na reunião da Comissão Distrital de Protecção Civil agendada para 6 de Julho.

“Nessa altura, na posse dos dados mais recentes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), logo vemos se temos de emitir algum alerta ou fazer mais alguma reunião com a APA ou mesmo com o Ministério do Ambiente, no sentido de mostrar aquilo que é a nossa preocupação”, acrescentou Anabela Freitas.

PCP critica central fotovoltaica flutuante 

Num comunicado emitido esta semana, a Direcção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP manifestou a sua preocupação com o nível da água na barragem de Castelo de Bode, que, segundo dados do Sistema Nacional de Monitorização de Recursos Hídricos (SNIRH), estava, em 12 de Junho, nos 112,03 metros, quando o valor mínimo crítico fixado pela APA “para que a água esteja garantida para abastecer Lisboa” é de 106 metros.

O PCP critica a “intenção governamental de instalação de uma central fotovoltaica equivalente a 60 campos de futebol, com painéis solares a flutuar nas águas da albufeira de Castelo do Bode”, pedindo que se conheçam os impactos nas actividades náuticas e lúdicas e o ambiental na fauna e flora daquele lago artificial.

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