A empresa responsável pela obra na Escola Básica e Secundária Drª Maria Judite Serrão Andrade, no Sardoal, pediu uma nova prorrogação do prazo, a título gracioso, para concluir a empreitada. Esta é a terceira vez que é pedido o adiamento da conclusão da obra que está agora prevista para o Verão. O presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges (PSD), justificou em sessão camarária que o pedido de prorrogação não está relacionado apenas com o ginásio mas também com a envolvente.
“A empresa está com dificuldade em adquirir materiais uma vez que não tem garantias dos prazos de entrega por parte dos fornecedores. Além disso, também existem dificuldades na correcta execução dos trabalhos devido à situação provocada pela Covid-19, que obrigou a paragens frequentes das equipas e no fornecimento de material. Também a contratação de mão-de-obra especializada contribuiu para o atraso da obra”, sublinhou Miguel Borges.
A primeira prorrogação do prazo da obra de requalificação (285 dias) foi aprovada em Dezembro de 2020 com os dois vereadores do PS a votar contra. O segundo adiamento foi de 227 dias e a obra estava prevista terminar em Abril deste ano. Agora foi pedido um adiamento de 91 dias. O que totaliza 603 dias de atraso. “Estas situações são muito comuns um pouco por todo o país. É um drama que os municípios estão a atravessar. Não vejo outra forma de concluir a obra senão aprovar estar prorrogação”, afirmou Miguel Borges, referindo que têm havido grandes constrangimentos. “Esperemos que seja o último pedido de adiamento”, acrescentou o autarca social-democrata.
Os vereadores do PS consideram inaceitável haver um atraso tão grande. “Apesar de termos noção que o chumbo poderia colocar em causa a conclusão da obra consideramos inaceitável que a obra esteja atrasada quase o dobro do tempo. Votamos contra como dando um cartão amarelo a todo este processo que já deveria estar concluído”, lamentou o socialista Pedro Duque.
A primeira fase da obra, envolvendo todos os edifícios escolares, deveria estar concluída no Verão de 2020 para que a segunda fase (construção do pavilhão gimnodesportivo) ficasse concluída já com a primeira fase em funcionamento. O investimento total da nova escola, com equipamentos de cerca de cinco milhões de euros, é financiado a 85% por fundos comunitários. O Ministério da Educação financia cerca de 200 mil euros e a Câmara do Sardoal tem que financiar cerca de 400 mil euros.