Peticionários exigem que nascente do Almonda seja devolvida à população de Torres Novas
Petição que propõe a requalificação e acesso livre à nascente do rio foi entregue na Assembleia Municipal de Torres Novas depois de ter reunido 900 assinaturas. Peticionários insurgem-se contra a Renova por impedir o acesso à nascente. Na mesma sessão foi aprovada nova isenção de taxas à empresa no valor de quase 300 mil euros.
Nove centenas de pessoas assinaram uma petição que pede à Câmara de Torres Novas a elaboração de um plano de requalificação da zona junto à nascente do rio Almonda e a retirada da vedação metálica instalada ilegalmente pela empresa Renova, que há anos impede o livre acesso aos visitantes.
A petição foi apresentada na última Assembleia Municipal de Torres Novas, por uma das signatárias, Maria Fernandes, numa sessão que tinha como ponto da ordem de trabalhos a discussão e votação para a aprovação da isenção de taxas urbanísticas à empresa de produção de papel, que é uma das maiores empregadoras do concelho torrejano. “A Renova não paga pela água que consome, paga apenas a taxa de recursos hídricos que em 2020 correspondeu a cinco mil euros quando consumiu perto de dois milhões de metros cúbicos de água”, sublinham os peticionários.
No texto da petição, que foi aceite pelo presidente daquele órgão deliberativo, José Trincão Marques, os subscritores apelam ainda que seja feita uma pavimentação adequada da estrada pública até próximo da nascente, a criação de condições para a fruição visual da nascente e sua envolvência, o diálogo com proprietários das edificações que estão em ruínas com vista à limpeza das mesmas a curto prazo e a elaboração de um plano para a sua reabilitação a médio prazo e a libertação do leito do rio, o que implica a deslocalização dos pavilhões fabris para a nova unidade da Zibreira.
*Notícia completa na próxima edição semanal de O MIRANTE