Sociedade | 14-06-2022 06:59

Preços praticados pela Desmor levantam dúvidas em Rio Maior

A proposta de uma nova tabela de preços referente à utilização das instalações e programas desportivos tutelados pela empresa municipal Desmor levantou várias dúvidas aos vereadores da oposição na Câmara de Rio Maior.

A proposta de uma nova tabela de preços referente à utilização das instalações e programas desportivos tutelados pela empresa municipal Desmor levantou várias dúvidas aos vereadores da oposição na Câmara de Rio Maior. Miguel Paulo, vereador socialista, considera a organização dos novos preçários “pouco clara, imperceptível, com valores praticados sem lógica”. Por exemplo, o custo da entrada de uma manhã para usufruir das piscinas descobertas é de 1.20 euros. Para quem fica o dia inteiro nas instalações acresce apenas o valor de 20 cêntimos.
Filipe Santana Dias, presidente do executivo (PSD), relembrou que a última revisão de preços havia sido feita em 2019, período pré-pandémico, ainda numa realidade diferente e “sem a flutuação de preços inerentes à crise”, também causada pela guerra na Ucrânia. Em 2019, os custos totais na utilização das instalações da Desmor foram de 962 mil euros. Para 2022 a previsão dos valores chega ao 1 milhão e 251 mil euros.
Os autarcas socialistas aproveitaram a oportunidade para questionarem o peso da empresa nas contas da autarquia. Susana Gaspar ressalvou a “dependência financeira que a empresa acarreta à tesouraria da Câmara de Rio Maior, numa óptica de subsídio-exploração”. O presidente do executivo explicou que os últimos dois anos foram atípicos, face à pandemia, e que o objectivo no futuro não passa por esse tipo de dinâmica. Filipe Santana Dias justificou ainda que a gestão pública é “deficitária na perspectiva económica, quando associada a uma dimensão social”. Deixou ainda claro que o princípio em Rio Maior é “promover e democratizar o desporto, uma forma de cultura do concelho”.
A Desmor é uma empresa municipal, com sede no Centro de Estágios e Formação Desportiva, que exerce a sua atividade desde 1999. Conta actualmente com cerca de 80 colaboradores, sendo gerida por um conselho de administração nomeado pela câmara municipal e que é presidido por Diva Cobra. O próprio vice-presidente do executivo, João Candoso, abandonou a mesa de votos por ser membro do conselho de adminsitração. A proposta foi aprovada, com a abstenção dos dois vereadores socialistas.

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