Roubaram um canhão histórico sem ninguém dar por nada
A peça de artilharia do reinado de D. João V, do século XVIII, foi atirada muralha abaixo, recolhida e transportada.
Em comunicado enviado às redacções, a autarquia da segunda cidade do distrito de Viana do Castelo, adiantou “tratar-se de um magnífico exemplar de armamento bélico, que estava exposto no Baluarte do Socorro, no interior da Fortaleza de Valença”, um local anualmente visitado por mais de dois milhões de pessoas”.
“Ao que tudo indica, o canhão foi arremessado muralha abaixo, para um patamar intermédio, e novamente atirado para o fosso da fortaleza, onde terá sido recolhido e transportado. Este é um roubo que abrange o património móvel nacional existente na fortaleza de Valença”, refere a nota.
A Câmara de Valença “participou a ocorrência à GNR sendo que foi accionada, de imediato, a Polícia Judiciária (PJ) que já esteve no local a recolher provas”. Os “restantes canhões, existentes na fortaleza foram retirados e guardados, para prevenir uma nova tentativa de furto”.
A fortaleza de Valença, monumento nacional, candidata a Património da Humanidade, assume particular importância pela dimensão, com uma extensão de muralha de 5,5 quilómetros, e pela história, tendo sido, ao longo dos seus cerca de 700 anos, a terceira mais importante de Portugal.