Sociedade | 02-04-2022 20:12

Salgueiro Maia tornou-se o “mito mais humanizado” da História de Portugal

Salgueiro Maia tornou-se o “mito mais humanizado” da História de Portugal

Coronel Carlos Matos Gomes falava na sessão evocativa dos 30 anos da morte do capitão de Abril Salgueiro Maia,

O capitão de Abril Carlos Matos Gomes considera que Salgueiro Maia se tornou “o mito mais humanizado” da História de Portugal, um “vulto” que desafia os portugueses a preservarem valores como a liberdade ou a solidariedade.

“Salgueiro Maia é hoje o mito mais humanizado da nossa história. É um vulto, mas já está fora da nossa dimensão, implicando os portugueses na preservação da sua memória, através dos valores que sempre foram os seus: (…) os valores universais da liberdade, da justiça, da solidariedade, da coragem”, declarou.

O coronel Carlos Matos Gomes falava na sessão evocativa dos 30 anos da morte do capitão de Abril Salgueiro Maia, que decorreu no Largo do Carmo, em Lisboa, e a que assistiram personalidades como o antigo Presidente da República António Ramalho Eanes, o capitão de Abril Vasco Lourenço ou o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

Matos Gomes reforçou que Salgueiro Maia tornou-se “um vulto da história de Portugal, uma figura para além da vida de um homem”: “Salgueiro Maia já é mais do que ele, é uma projecção de nós, de muitos de nós”, reforçou.

Abordando o percurso do capitão de Abril, Matos Gomes sublinhou o “papel decisivo” que Salgueiro Maia teve no dia 25 de Abril de 1974, tendo consciência de que, “apesar da grandeza do seu acto”, iria ser visto, “pela sua instituição e pelo poder político em geral, como um corpo estranho, como um perturbador”. “Diga-se que ele gostava de representar esse papel de implicado e de perturbador”, frisou.

Matos Gomes sublinhou ainda que Salgueiro Maia esteve implicado em “várias outras facetas determinantes” da “vida colectiva” portuguesa, como na guerra colonial, em que participou em comissões na Guiné e em Moçambique, mas também no Movimento das Forças Armadas (MFA), tendo sido um dos primeiros signatários do documento enviado “às mais altas autoridades do regime, configurando um ato de indisciplina coletiva e punível”. “Ele está hoje já na categoria dos mitos, o mito do jovem implicado num ato transcendente”, disse.

Além de Matos Gomes, intervieram também na sessão evocativa dos 30 anos da morte de Salgueiro Maia, António Sousa Duarte, autor da biografia “Salgueiro Maia – Um Homem da Liberdade”, o editor António Baptista Lopes e a historiadora Maria Inácia Rezola.

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