A necessidade de construção de um nó de acesso à A1 no norte do concelho de Santarém, na zona de Pernes, está a ganhar espaço na agenda política local e na última sessão da assembleia municipal o assunto voltou ao debate. O presidente da Junta de Freguesia de Pernes, Raul Violante (PS), apontou o volumoso tráfego de veículos pesados que circula diariamente na Estrada Nacional 3, no troço que liga Santarém e o concelho de Alcanena, como um dos argumentos para reivindicar um novo acesso à auto-estrada no concelho.
O autarca de Pernes referiu que há uma “saturação” de tráfego na EN3 no troço entre Santarém e o entroncamento para a base logística do Intermarché, no concelho de Alcanena, que é bem evidente no atravessamento da vila de Pernes em largos momentos do dia. Raul Violante lembrou que Santarém é das poucas capitais de distrito que só tem um nó de acesso à auto-estrada.
Por isso, Raul Violante defende que é altura de se começar a pensar a sério na implementação dessa solução, que, para ele, teria localização ideal junto à projectada zona de desenvolvimento económico de Pernes – que o município quer dinamizar -, pela proximidade à A1. Uma solução que seria benéfica também para o tecido empresarial dessa zona e um potencial factor de atracção de investimento.
Também o eleito socialista Rui Barreiro pediu um ponto da situação sobre essa questão tendo o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, garantido que esse assunto faz sempre parte da conversa nas reuniões com membros do Governo. Esse, aliás, foi um dos investimentos propostos pelo município escalabitano no âmbito do Plano Nacional de Investimentos 2030, mas acabou por não ser seleccionado.
Ricardo Gonçalves voltou a dizer que é urgente mais investimento público nesta região, que actualmente apresenta “indicadores económicos muito preocupantes” e está a divergir negativamente do todo nacional. O mesmo já havia dito na última reunião de câmara de Junho criticando o Governo por não incluir a criação de um parque industrial e tecnológico em Santarém nos projectos a financiar pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).