Sociedade | 10-09-2022 09:59

Seca em Mação já afecta árvores adultas

António Louro

Vice-presidente da Câmara de Mação, António Louro, confirma que o país atravessa a maior seca do século e em Mação as árvores adultas já morrem por falta de água. Falta de água nalgumas localidades é outro problema preocupante.

A seca no concelho de Mação começou nas últimas semanas a afectar árvores adultas, uma situação que não é habitual, sobretudo na parte sul do concelho. A informação foi dada pelo vice-presidente da Câmara de Mação, António Louro, em sessão camarária, que não escondeu a preocupação com o actual cenário. “Não me lembro de alguma vez ter visto uma situação destas. Estamos a atravessar a maior seca do século e temos que utilizar a água de forma o mais regrada possível porque se as árvores adultas estão a secar é porque existe pouca água no solo”, explicou o autarca, acrescentando que a barragem do Castelo de Bode dá “alguma tranquilidade” para alguns anos de seca.
O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela, referiu, na mesma reunião, que existem alguns problemas pontuais como o abastecimento de água nalgumas localidades, o que acontece desde há muitos anos no Verão. Serra, Vale do Grou, Freixoeiro e Santos são algumas das aldeias e lugares do concelho onde os recursos de água, através de furos, escasseiam de vez em quando.
“Estas localidades fazem parte dos 44 sistemas autónomos que actualmente estão a cargo da Tejo Ambiente e já eram uma preocupação do município. Estamos a tentar resolver os problemas com projectos que já foram submetidos a concurso”, explicou Vasco Estrela. Os dois concursos, que estão a ser tratados pela Tejo Ambiente para o concelho de Mação, é para o município passar a abastecer todo o norte do concelho com água da Barragem das Cordas e também através da albufeira de Castelo do Bode para acabar de vez com os 44 furos de água através dos quais o concelho abastece a população.
O autarca deu ainda conta que, a 15 de Agosto, houve um problema grave na localidade de Serra onde durante várias horas não houve água. O fim-de-semana prolongado e o aumento de população com os emigrantes fez com que faltasse água. “A água do furo acabou antes do previsto. A água deveria ser reposta na segunda-feira mas como foi feriado não aconteceu. Depois conseguiu-se resolver a situação. Apresentei as minhas desculpas, pessoalmente, em nome do município à população mas não conseguimos controlar o consumo de água nestas alturas de maior calor e mais pessoas”, sublinhou, acrescentando que foi uma situação pontual.
Vasco Estrela alerta que a tendência é a de os períodos de falta de água aumentarem derivado à seca extrema que a região e o país atravessam. O autarca esclareceu que esse foi um dos motivos que levou o município a aderir à Tejo Ambiente. “Ninguém gosta de ver a factura da água aumentar mas tínhamos que aproveitar os fundos comunitários que estão formatados para empresas intermunicipais. Sozinhos não tínhamos escala para investimentos de sete milhões de euros que são muito necessários. Além da pouca quantidade de água nas localidades referidas a qualidade também nem sempre é a melhor. Se não avançarmos com as obras em breve a situação pode piorar”, realça.

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