Sociedade | 13-05-2022 07:00

Sobrevivente recorda a tragédia ferroviária da Póvoa de Santa Iria

Elisabete Nunes foi considerada a uma das vítimas mais graves entre os passageiros que sobreviveram e passou cinco meses internada

No dia 5 de Maio de 1986, Elisabete Nunes viajava na última carruagem do comboio suburbano abalroado por outra composição quando se encontrava parado na Póvoa de Santa Iria. Viu morrer a melhor amiga e outros companheiros de viagem.

Trinta e seis anos depois, a memória do trágico acidente ferroviário da Póvoa de Santa Iria não se apaga e por isso está na hora de a cidade criar um memorial que evoque todos os que estiveram envolvidos no desastre, que ceifou 17 vidas e causou 83 feridos. A ideia é defendida por Elisabete Nunes, 52 anos, um rosto conhecido do Sobralinho e que foi uma das poucas pessoas que viajavam na última carruagem a sobreviver.

O único memorial existente no concelho foi inaugurado em Alverca em Maio de 2021 mas apenas regista a memória das sete vítimas da cidade. Pela primeira vez Elisabete conta a sua história de superação pessoal a O MIRANTE, marcada pela tragédia mas também pela vontade de viver. Era uma adolescente de 16 anos que ia para Santa Iria da Azóia trabalhar e, ironia do destino, nem sequer costumava apanhar aquele comboio, um suburbano proveniente da Azambuja. “Estava atrasada e ia perdendo o comboio, tive de ir a correr e entrei na última carruagem em Alhandra”, lembra. Já estava sentada quando viu um casal de Alhandra, Rui Benavente e Maria de Lurdes, a correrem para apanhar o comboio. “Eram namorados e iam casar. Estava um dia nublado. Parecia que nada nos podia impedir de ir naquela viagem”, afirma.

*Leia a reportagem completa na edição semanal em papel desta quinta-feira, 12 de Maio

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