A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) anunciou que foi detectado um terceiro foco de gripe das aves em Portugal, numa exploração de perus, em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, tendo sido activado o plano de contingência. Na exploração as medidas de controlo estão a ser implementadas.
Os dois focos anteriores foram detectados a 1 de Dezembro, numa capoeira doméstica em Palmela, e a 23 de Dezembro, numa exploração de perus em Óbidos, com cerca de 18 mil aves, existindo “uma ligação” entre essa exploração e o terceiro foco detectado a 30 de Dezembro em Vila Nova da Barquinha, refere a DGAV, dando conta que os primeiros dois focos “estão contidos, ainda que sob vigilância”.
As medidas tomadas incluem a “inspecção aos locais onde foi detectada a doença e a eliminação dos animais afectados, assim como a inspecção às explorações pecuárias existentes nas zonas de protecção, num raio de três quilómetros em redor do foco e notificação de vigilância num raio de 10 km”. As autoridades também já procederam à “eliminação dos animais afectados”, que se estima em cerca de 6 mil, com os detentores das explorações a serem “indemnizados pelo abate sanitário dos animais, conforme previsto na legislação em vigor”.
A DGAV lembra que “não existem evidências de que a gripe aviária seja transmitida para os humanos através do consumo de alimentos”, como carne de aves de capoeira ou ovos, tendo dado conta que “os trabalhadores envolvidos na eliminação dos focos registados e que lidaram diretamente com as aves infectadas foram rastreados” e estão “até agora com resultados negativos”. “Na origem da doença estará a regular migração de aves selvagens na Europa, provenientes da Ásia e do leste da Rússia, que têm permitido a circulação viral e a sua transmissão a longas distâncias”, adiantou.
Face à “situação epidemiológica atual”, a DGAV defendeu ser importante cumprir as regras de biossegurança, assim como as boas práticas de produção avícola, evitando contactos entre aves domésticas e selvagens.
Devem ser cumpridos os procedimentos de higiene das instalações, equipamentos e materiais e mantida uma observação “diária e atenta” das aves de capoeira, incluindo os consumos de água, alimentos e os índices produtivos. “Os operadores que detêm aves de capoeira ou aves em cativeiro são os primeiros responsáveis pelo estado sanitário dos animais por si detidos e, perante uma qualquer suspeita de doença, a mesma deverá ser imediatamente comunicada à DGAV. A deteção precoce de focos de infeção por vírus gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) é essencial para a rápida e eficaz implementação no terreno das medidas de controlo da doença destinadas a evitar a sua disseminação”, refere a direcção geral.
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