No final do ano de 2021 os centros de testagem à Covid-19, farmácias e clínicas, tiveram uma adesão fora do comum de pessoas que foram viajar ou passar a época festiva com as suas famílias e amigos. Para saber a opinião das pessoas sobre a importância da testagem e as experiências que têm vivido desde o início da pandemia, O MIRANTE percorreu alguns locais na Póvoa de Santa Iria e esteve no centro de testagem perto das antigas instalações dos Correios em Santarém.
Na Póvoa de Santa Iria quase todas as respostas recolhidas pelo nosso jornal reconhecem que a testagem é o melhor mecanismo para garantir a segurança do ambiente familiar e profissional e que o desrespeito pelas medidas impostas pelo Governo podem levar a um novo confinamento. Inês Lopes, 42 anos, afirma que se existir um relaxamento das medidas e dos comportamentos das pessoas pode originar consequências ainda mais graves para a economia do país. Estava a realizar o primeiro teste à Covid-19 desde o início da pandemia porque um colega no banco onde trabalha foi inconsciente. “Cometeu um erro muito grave porque foi trabalhar com sintomas e sem ter realizado teste. Estas atitudes podem ter repercussões muito graves e devem ser evitadas”, sublinha.
A falta de sensibilidade das pessoas também preocupa José Santos, de 75 anos, que só aceitou falar com O MIRANTE depois de receber o resultado negativo do teste. Considera que o contágio do vírus acontece muito na população mais jovem que circula na rua sem distanciamento social ou máscaras. José Santos afirma que é habitual realizar testes para se sentir seguro e saber que os outros também estão seguros ao pé de si.
Tiago Guedes, 38 anos, também quis passar o final de ano em segurança. Estava a poucos dias de embarcar para a Suíça, onde está emigrado há vários anos. Foi o quarto teste que realizou nas últimas duas semanas e diz que vai continuar a fazer os que forem necessários por uma questão de princípio. “Penso que a solução é termos responsabilidade social e civismo. A pandemia não vai desaparecer tão rapidamente e as pessoas têm de se adaptar e aprender a proteger a si e aos outros” afirma. A mesma convicção tem Rui Lourenço, 45 anos, que passou a olhar para a pandemia com outros olhos assim que a sua irmã ficou infectada e teve sintomas graves. “Isto não é uma gripe e pode colocar em risco a vida das pessoas”, vinca.
O centro de testagem de Santarém testou milhares de pessoas nas últimas três semanas do ano e vai continuar a fazê-lo no início de 2022. No dia da reportagem de O MIRANTE estavam cerca de meia centena de pessoas a aguardar para serem testadas. Maria Madalena, 36 anos, já estava à espera há mais de uma hora e conta que decidiu realizar o teste porque começou a apresentar sintomas como tosse e dores de cabeça. A decisão de ir passar o ano junto da família estava dependente do resultado do teste. “Vou ficar muito triste se não for, mas prefiro isso do que colocar em risco a saúde das pessoas que amo”, afirma. No caso de Daniela Oliveira, 18 anos, o resultado positivo significa que vai passar a noite de passagem de ano com a família num restaurante. Não hesita em afirmar que deve ser obrigatório mostrar testes negativos em todos os locais fechados e onde há uma grande concentração de pessoas.
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