Com um discurso humilde e a postura séria que o caracteriza o seleccionador nacional de futsal, Jorge Braz, deu uma palestra para jovens estudantes em Tomar onde sublinhou que só com trabalho árduo e espírito de sacrifício se chega aos grandes êxitos. O treinador, que levou Portugal à conquista de dois títulos europeus e um mundial, não dorme em cima dos sucessos e disse a O MIRANTE que “para continuar a vencer o mais importante é preparar o dia seguinte”.
Jorge Braz, considerado por quatro vezes consecutivas pela FIFA melhor treinador do mundo de futsal, comanda a selecção portuguesa de futsal desde 2010. Na quinta-feira, 12 de Maio, não sobraram cadeiras na Biblioteca Municipal Dr. António Cartaxo da Fonseca, em Tomar, onde muitos alunos estiveram para o ouvir falar, e a outros oradores, numa sessão sobre motivação e liderança organizada pelo Agrupamento de Escolas Nuno Santa Maria e Câmara de Tomar.
Ivo Silva, capitão da equipa sénior de hóquei em patins do Sporting de Tomar, fez um discurso inspirador sobre o significado do espírito de equipa. De seguida, Victor Gomes, tenente-coronel paraquedista, esclareceu o que é liderar em contexto de guerra. Finalmente, Jorge Braz carimbou a sua marca de humildade: “Depois da motivação do Ivo Silva, e do discurso de liderança de um senhor como o tenente-coronel, já nem tenho coragem de dizer o que tinha preparado”, afirmou, recebendo uma forte salva de palmas.
Jorge Braz explicou aos alunos presentes que “nada se faz sem sacrifício”, alertando os adolescentes que para colher é preciso semear. Nasceu no Canadá, mas fixou-se desde cedo no Alto Tâmega, em Valpaços. Licenciado em Educação Física pela Universidade do Porto, tem também um mestrado especializado em Treino de Alto Rendimento Desportivo. Após a palestra deixou-se acompanhar pelo repórter de O MIRANTE até ao lanche preparado no interior da Escola Secundária Santa Maria do Olival.
Numa mesa aprovisionada com bolinhos e sandes Jorge Braz mostrou-se descontraído. Pauta-se pela simplicidade e relembra que deve os seus triunfos “a toda a equipa técnica que o acompanha e ainda mais aos jogadores”. Sobre os que têm que interpretar as ideias do treinador dentro das quatro linhas solta uma gargalhada pelo seu curto historial como atleta. “Fui guarda-redes de futebol do Grupo Desportivo de Chaves enquanto estudava na Universidade, na época de 93/94. Era um miúdo, completamente extasiado por estar na Primeira Liga”, assumiu.
Sobre o jogador de futebol ter mais tiques de vedeta que um jogador de futsal, o seleccionador respondeu não querer fazer distinções, pois “o impacto que o futebol tem nas massas é muito maior e não vale a pena comparar o incomparável”. Apesar disso, Jorge Braz acredita haver bons sinais para o desporto que lhe preenche o coração. O sucesso da selecção nacional de futsal ajudou a “despertar a curiosidade dos mais novos pela modalidade” e o seleccionador vê com bons olhos o caminho que está a ser feito.
Últimas
Na Chamusca é uma complicação substituir telhados com amianto
Há dois munícipes com casas próprias no Bairro 1º de Maio que esperam há dois anos por uma licença da câmara que lhes permita mudar a cobertura de fibrocimento, que contém amianto. Os munícipes disseram ainda a O MIRANTE que a câmara impôs verbalmente o nome de uma empresa para fazer as obras.
O MIRANTE não ofendeu Valadas da Silva, diz a entidade reguladora
O anterior presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional, António Valadas da Silva, queixou-se à Entidade Reguladora para a Comunicação Social por não ter gostado dos artigos sobre a dívida que o instituto não quis pagar durante nove anos e que foi obrigado a liquidar em tribunal.
Quando as árvores são um problema
Passeios deformados, vistas e luz solar roubadas, sujidade, transtornos para pessoas com alergias ou problemas respiratórios. Estes são alguns dos inconvenientes causados pela presença de certas espécies de árvores de grande porte em zonas residenciais e que motivam queixas dos cidadãos. Alguns municípios já despertaram para o problema e em Vila Franca de Xira e Santarém preparam-se regulamentos e estratégias.
Legalização de casas clandestinas da Quinta do Alferes continua por resolver
Município exigiu à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo que viabilize, na nova revisão do PDM, uma solução jurídica para integrar 17 habitações que ficaram excluídas das áreas edificáveis da maior AUGI do concelho. Problema arrasta-se há quatro décadas.