Sociedade | 12-11-2022 09:59

Um terço da população do Entroncamento não tem médico de família

Bloco de Esquerda diz que se vive um quadro inaceitável que deve envergonhar o ministro da Saúde, a quem dirigiu uma Carta Aberta a reivindicar a urgente colocação de clínicos no Centro de Saúde do Entroncamento. Há 8 mil pessoas sem médico de família no concelho.

A concelhia do Bloco de Esquerda (BE) do Entroncamento dirigiu uma Carta Aberta ao ministro da Saúde para reivindicar “a urgente colocação” de médicos de Medicina Geral e Familiar no Centro de Saúde do Entroncamento tendo em conta que há cerca de 8 mil utentes sem médico de família no Entroncamento, valor que corresponde a mais de um terço da população do concelho.
O BE afirma que há quem, com doenças graves, tenha de ir para a porta do Centro de Saúde do Entroncamento às três da madrugada para conseguir uma consulta de recurso e diz que é tempo de resolver um problema que se arrasta tendo em conta a intenção do Ministério da Saúde de admitir a curto prazo 200 clínicos de Medicina Geral e Familiar para suprir lacunas no Médio Tejo.
Dirigindo-se a Manuel Pizarro, o BE do Entroncamento sublinha que se vive “um quadro inaceitável que deve envergonhá-lo particularmente a si, senhor ministro, dadas as suas elevadas responsabilidades”. E reforça que o que se passa no Entroncamento “constitui um flagrante desrespeito pelos direitos humanos, uma negação de facto do direito constitucional à protecção da saúde”.
O Bloco de Esquerda alega que “os governos sucedem-se, com alguns a prometer um médico de família para todos, mas o problema, longe de se resolver, agrava-se”. Acrescenta que a sua posição política agora expressa em forma de Carta Aberta é também “em nome de um particular imperativo de justiça social para quem não pode pagar uma alternativa privada ao serviço público a que tem direito”.

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