Os deputados do PSD devem ser mais escudo que espada.
As pessoas ditas "normais" percebem melhor Pedro Passos Coelho do que as pessoas intensamente/umbilicalmente ligadas ao fenómeno político. Por isso é que o melhor intérprete de Pedro Passos Coelho foi sempre o voto popular.
Um Governo de Combate não significa um Governo sem propostas, metas ou Iniciativas. A principal característica de um Governo não pode ser o “ataque”, apesar de ter de estar constantemente preparado para ser atacado. Neste cenário parlamentar, a bancada do Partido Social Democrata deve ser mais “Escudo” do que “Espada”.
2. As pessoas ditas "normais" percebem melhor Pedro Passos Coelho do que as pessoas intensamente/umbilicalmente ligadas ao fenómeno político. Pedro Passos Coelho é um Homem que diz o que pensa, que fala sobre o que entende. Não há cálculo na sua intervenção. Por isso é que o melhor intérprete de Pedro Passos Coelho foi sempre o voto popular, e não as opiniões dos comentadores ou dos jornalistas da nossa praça. E o facto é que, sempre que o Povo foi chamado a dar a sua opinião, votou nele.
3. As pessoas entendem hoje, em alguns casos, a intervenção de Pedro Passos Coelho como sendo fora do normal, como se fosse algo premeditado ou contra alguém em especial, como se Pedro Passos Coelho tivesse ou tenha uma agenda ou um propósito escondido para além da sua vida como cidadão activo.
Faço aqui o desafio de invertermos a premissa. E se Pedro Passos Coelho fala por sentir, simplesmente, que não tem razões para estar em silêncio? Se é o seu PSD que voltou ao Poder ao fim de nove anos, e se é a gente que trabalhou com ele que assume, agora, responsabilidades governativas, por que razão haveria de se devotar /resumir ao silêncio?
As pessoas questionam as razões para Pedro Passos Coelho Intervir, esquecendo que ele não tem é razões para não Intervir. Pelo contrário.
4. Num cenário de escalar da guerra na Ucrânia e no Médio Oriente, pastas como os assuntos europeus, a energia e a defesa serão determinantes para o sucesso deste Governo na procura de estabilidade. Alguns dos seus titulares serem estreantes na governação é um desafio. No entanto, a responsabilidade recairá sempre sobre o Primeiro Ministro.
Miguel Relvas