Joaquim Pedro Torres, o cérebro da AGROGLOBAL, devia ser um exemplo para todos os ribatejanos que sempre gostaram mais de ver touradas do que pegar toiros. Joaquim Pedro Torres fez de uma feira ao ar livre um dos maiores certames agrícolas do país e da Europa, que reúne os parceiros mais importantes da agricultura. O que aconteceu nestes últimos dias devia fazer pensar os escalabitanos que alimentam o elefante branco que é o Cnema, onde se trabalha ao ritmo de outros tempos, sobre a batuta de uma organização de agricultores (CAP) rendida aos euros e aos lucros fáceis proporcionados por uma Feira Nacional da Agricultura que herdaram e não souberam preservar. Joaquim Pedro Torres conseguiu provar que nem sempre em terra de cegos quem tem olho é rei. E a forma discreta e exemplar como organiza a AGROGLOBAL é uma lição que certamente vai ficar para a história.

Tauromaquia: Emoção e Magia é o título do novo livro de Henrique de Carvalho Dias, um fotógrafo da festa brava, prestigiado e admirado, que todos os anos reúne em livro as melhores fotos que, de forma apaixonada, capta na maioria das praças de toiros do país. Neste caso são mais de uma centena de páginas onde cabem mais de quinhentas fotos, entre elas as da noite do dia 19 de Julho, na praça do Campo Pequeno, em Lisboa, última corrida patrocinada por O MIRANTE. Henrique de Carvalho Dias é um artista que se empenha tanto na arte de fotografar como na forma de cultivar amizades. A grande maioria dos seus pares reconhecem-lhe o talento artístico e o carácter, características que fazem dele um homem respeitado e respeitador, seja atrás de uma trincheira a fotografar ou a beber um tinto ribatejano entre amigos.