Elisabete Pereira é uma das pessoas mais importantes e carismáticas do movimento associativo de Abrantes. A presidente do Orfeão de Abrantes diz que a sua paixão por cantar é imensa, mas que não é tão grande como a que sente ao contribuir para a causa pública e para o desenvolvimento cultural do concelho. É presidente da associação há quase 20 anos e afirma que o voluntarismo e o gosto pela cultura fazem com que o projecto seja um sucesso. Elisabete Pereira viveu em Lisboa até se mudar para Abrantes, há mais de 30 anos, quando foi convidada para ser guia na Central Termoeléctrica do Pego. Hoje é o principal rosto de uma associação que tem cerca de 30 coralistas e mais dois grupos, o Cant’Abrantes e o Grupo de Cavaquinhos, para além da Escola de Música.

António José Inácio nasceu há 76 anos no Lugar do Mato, em Alenquer. Passou a infância a trabalhar no campo com os pais, deu-se como voluntário para a Força Aérea aos 18 anos e aos 23 começou a trabalhar na Central das Cervejas. Viveu entre o Forte da Casa e a Póvoa de Santa Iria. Foi presidente da Junta do Forte da Casa e responsável pela Escola de Toureio José Falcão, em Vila Franca de Xira. Pessoa simples e de sorriso fácil, tem na humilde e no gosto por ajudar o próximo os seus principais valores de vida. Ainda hoje sente nas ruas do Forte da Casa, terra onde habita, a gratidão por ter sido um exemplo de autarca de proximidade. O gosto por ajudar o próximo levou-o a fundar o Instituto de Apoio à Comunidade. Já sofreu dois enfartes, mas garante que vai continuar agarrado à vida e a lutar por ela.