Rui Mesquita e Carlos Cortes
Rui Mesquita foi um dos jovens que saiu de Portugal, mas não foi para um país rico, nem para um emprego dourado. Mesmo que não queira, o médico Carlos Cortes é alvo de uma exposição pública permanente, graças ao cargo que exerce de bastonário da Ordem dos Médicos.
Rui Mesquita foi um dos jovens que saiu de Portugal, mas não foi para um país rico, nem para um emprego dourado. Há mais de década e meia foi para Moçambique, para desenvolver o projecto Mozambikes, de fabrico de bicicletas, que pôs milhares de moçambicanos a usar aquele meio de transporte para as suas deslocações, a custo simbólico para os mais pobres. Uma ideia que foi alargada este ano com a criação da AIM (Africa Initiative for Mobility). Natural de Alverca e Licenciado pela Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém, está também ligado à Mconnect, empresa moçambicana de telecomunicações. Para além da sua vida profissional, a vida familiar também se tem desenvolvido em África, tendo casado com a norte-americana Lauren Thomas, sua parceira na Mozambikes.
Mesmo que não queira, o médico Carlos Cortes é alvo de uma exposição pública permanente, graças ao cargo que exerce de bastonário da Ordem dos Médicos. Diplomata na acção, tem sido inflexível na defesa da dignidade, autonomia e independência dos médicos, bem como na defesa da qualidade da medicina, do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da equidade no acesso aos cuidados de saúde. E tem mantido, no exercício do cargo para que foi eleito em 2023, uma postura dialogante e serena, num tempo de grande turbulência no sector da saúde. Escolhido por O MIRANTE como Personalidade do Ano Nacional no ano da sua eleição, diz que também se considera “um provedor do doente” e que a Ordem dos Médicos deve mostrar aos cidadãos que os apoia.


