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Reuniões do pessoal de USF de Tomar no horário de expediente deixam utentes à espera

Os funcionários da Unidade de Saúde Familiar de Santa Maria reúnem quinzenalmente às terças-feiras, durante uma hora, em pleno horário de atendimento. Quem estiver para ser atendido tem que esperar, o que tem suscitado críticas.

As reuniões quinzenais às terças-feiras, entre as 14h00 e as 15h00, entre todos os elementos da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Santa Maria, em Tomar, tem motivado críticas dos utentes que são obrigados a esperar uma hora para serem atendidos.
Os utentes não entendem por que razão as reuniões, que envolvem médicos, enfermeiros e administrativos, têm de ser a essa hora e não fora do horário de expediente. “Chegamos aqui sem sabermos e somos confrontados com esta situação. Depois temos de aguardar uma hora para sermos atendidos. Não faz sentido”, refere um dos utentes desta USF que prefere manter-se no anonimato. “A sorte”, diz, “é ser reformado e ter o tempo todo por minha conta senão teria de voltar outro dia”.
Já Rogério Cruz, outro utente dessa USF, conta que por acaso nunca lhe aconteceu apanhar o serviço fechado, porque quando necessita desloca-se sempre lá no final do dia, mas tem dois colegas de trabalho que apareceram nesse dia e tiveram de desistir. “Tanto um como o outro colega iam levantar receitas e quando lá chegaram depararam-se com os serviços fechados e com um papel colado a dizer que os funcionários estavam numa reunião durante aquela hora. Desistiram logo porque tinham de voltar para o trabalho. Não podia ser de outra maneira”, conta a O MIRANTE.
O problema, diz o utente, nem são as reuniões, é mesmo o horário a que elas são realizadas. “Se pudessem efectuá-las mais cedo, antes de a USF abrir ou depois do expediente, fazia muito mais sentido”, afirma Rogério Cruz.
O MIRANTE contactou a USF de Santa Maria para tentar obter alguns esclarecimentos mas tal não foi possível, sendo-nos dado apenas acesso à última versão da legislação das USF. Dessa entidade disseram-nos ainda que o coordenador da USF, António Gomes Branco, só estava disponível para responder a questões pessoalmente, numa reunião marcada para 27 de Dezembro em conjunto com a interlocutora administrativa e responsável pelo gabinete do utente da USF, Cláudia Lopes.
O nosso jornal contactou também a direcção do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) Médio Tejo e o Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) sobre o assunto. Até ao fecho desta edição não ´recebemos qualquer esclarecimento sobre o assunto.

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