Crónicas do Brasil | 22-02-2021 15:54

Deputado brasileiro afronta o Supremo Tribunal Federal

Daniel Silveira foi preso em flagrante na noite do dia 16 de fevereiro, pelas ameaças aos ministros do Supremo Tribunal Federal, e por pregar a subversão da ordem democrática

O Brasil começa dar sinais de que a justiça pode ser aplicada atambém a políticos. O jogo de negociatas sempre se mostrou saudável entre a governança nacional, e por esse motivo salvou das grades muita gente ruim em anos passados. Essa semana a notícia em todos os jornais e televisão foi sobre o deputado federal Daniel Silveira, do partido PSL, do Rio de Janeiro, defensor do Presidente Jair Bolsonaro. Ele gravou vídeo com fortes ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Se apresentou na tela com fala ácida, agressiva e chula, no tocante a instituições, além de se portar como um neandertal.

Diretamente ao ministro Edson Fachin, ele se dirigiu chamando-o de "moleque, menino mimado, mau-caráter, marginal da lei", além de utilizar diversos impropérios, de cunho pesado e violento.
Contra Roberto Barroso, ele proferiu as seguintes palavras: O Roberto "gosta de colhão roxo". Não foi nada agradável a recepção.

Para o ministro Alexandre de Moraes, ele disse não pertencer a sua mesma laia, ou seja, da gangue a qual o Ministro faz parte.

E para o Ministro Gilmar Mendes, disse que é o mais vendido de todos os Ministros, e que legisla somente à base da venda de sentenças.

Os ataques foram um mau exemplo de comportamento político, que corre na contramão do bem-estar social, tendo sido de uma falta de sensatez incomensurável. Considerado um caso fora da curva, acrescenta-se o fato de que Daniel é um político com histórico de atitudes desagradáveis, e com desrespeito ao próximo. Ele defende o Ato Institucional Número 5, que não permite garantias pessoais a qualquer indivíduo. Ele foi investigado no inquérito das fake news, e punido 60 vezes quando trabalhava na Polícia Militar. Com um passado desagradável, e presente visivelmente desequilibrado, observamos a construção do mal chegando ao topo de sua meta, a prisão.

Esse é o fundo do poço humano, que teve originem na extrema libertinagem da retórica sem compostura. Ele foi preso em flagrante na noite do dia 16 de fevereiro, pelas ameaças aos ministros do Supremo Tribunal Federal, e por pregar a subversão da ordem democrática. O Ministro Alexandre de Moraes, foi quem determinou a detenção sumária, para investigação e julgamento posteriores. A prisão foi realizada em flagrante e inafiançável. Como consequência, o Presidente do partido PSL, Luciano Bivar, ao qual Daniel pertence, solicitou a expulsão imediata do deputado.

Após essa decisão do STF, a Câmara dos Deputados, decidiu em assembleia emergencial, pela permanência do deputado na prisão; por 364 votos a favor e somente 130 contra. Os próximos passos serão a análise da gravidade do dolo, a possibilidade de cassação de seu mandato, e a inclusão de um processo penal na corte.

Com histórico de atitudes na contramão da política de bons relacionamentos, e a falta de projetos saudáveis a sociedade, Daniel é visto como encrenqueiro de primeira linha, que se exalta em momentos passionais, sem medir palavras e alvos. Ele é objeto de dois inquéritos na corte , um apura atos antidemocráticos e o outro, as fake news. Já havia sido expedida ordem de prisão na investigação sobre notícias falsas.

A quebra do decoro, pode levá-lo a condenação pelo Supremo Tribunal Federal, podendo ficar inelegível e impedido de disputar a reeleição em 2022.

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