Uma conversa de surdos sócio-comunistas
Uma conversa registada em dia de festa pelo Cavaleiro Andante numa autarquia socialista, gerida por um republicano, disfarçado de monárquico, com tiques de analfabeto e doente psiquiátrico.
Uma conversa registada em dia de festa pelo Cavaleiro Andante numa autarquia socialista, gerida por um republicano, disfarçado de monárquico, com tiques de analfabeto e doente psiquiátrico.
“Então, ó camarada, como é que vai a política lá na freguesia?” “Vai mal; um dia destes tentámos fazer uma reunião do partido, mas os socialistas boicotaram tudo: agora quase todos os homens da freguesia trabalham para a câmara. E alguns já mudaram de camisola só para não perderem o emprego”. “Então e tu, porque não metes a língua no trombone?”. “Não posso, eu também trabalho para a autarquia. E eles são uns cães danados; se sabem que estamos a organizar-nos complicam-nos a vida, chamam-nos à pedra e desconsideram-nos, que ainda é pior que nos cortarem no ordenado ou mudarem de trabalho. Estes socialistas são pobres de espírito, mas não são parvos. Os comunistas têm muito que aprender com eles”. Fim de conversa. O Cavaleiro Andante não se mete em política; por isso esta conversa fica só aqui entre nós, nestas duas páginas onde toda a gente já percebeu que não há censura mas também não se pode escrever tudo o que nos apetece.