Do passado não reza a história

Do passado não reza a história

Não é por acaso que o concelho da Chamusca foi dos que mais perdeu população no país na última década.

Não é por acaso que o concelho da Chamusca foi dos que mais perdeu população no país na última década, embora toda a gente lhe reconheça potencial, principalmente pela proximidade aos grandes centros urbanos e por ter o rio Tejo a passar-lhe à porta. O problema é que os autarcas que lideram o executivo ainda estão agarrados ao passado, como ficou bem explícito numa intervenção do presidente Paulo Queimado na última sessão camarária, quando sugeriu que não queria agora, que está em final de vida autárquica, falar do tempo em que Sérgio Carrinho foi presidente de câmara. Costuma dizer-se que burro velho não aprende línguas, mas talvez fosse mais importante para o Capataz da Chamusca preocupar-se com o que não fez ao longo desta década, do que com o que o seu antecessor deixou por fazer. Uma vez, Cavaco Silva, enquanto primeiro-ministro, convocou os ministros e disse-lhes que eles só podiam falar do passado durante seis meses. Paulo Queimado passou três mandatos a fazê-lo e também por isso é que a Chamusca está como está.

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