Os buracos na Chamusca e as palavras que fazem mossa mas não mudam a realidade
Há uma lei em Portugal no âmbito da descentralização que permite às câmaras municipais ficarem com os imóveis do Estado que não têm utilização.
Há uma lei em Portugal no âmbito da descentralização que permite às câmaras municipais ficarem com os imóveis do Estado que não têm utilização. Na Chamusca há um edifício do Estado que foi construído para ser sede de um organismo do ministério da agricultura, que nunca foi utilizado. O prédio está lá, pronto a ser utilizado, já com problemas de conservação, tendo em conta que passaram cerca de duas dezenas de anos e continua fechado. Fica a 200 metros do edifício da câmara municipal, por trás do parque municipal da vila. Podia ser o novo Centro de Saúde, podia ser o Arquivo Municipal, podia ser um centro de atendimento ao cidadão, enfim, podia estar ao serviço das colectividades e associações do concelho, mas está fechado como se fosse propriedade de ninguém. Se o executivo da Câmara da Chamusca quisesse trabalhar e incomodar-se, o problema estava resolvido e o concelho tinha menos um prédio ao abandono, a juntar a centenas de casas rurais, e outros edifícios em ruínas, por falta de políticas de apoio à habitação e total desprezo pelas políticas de fixação de população. Este texto do Cavaleiro Andante não é sobre o buraco da piscina, é sobre o buraco que alguns políticos da Chamusca têm ao fundo das costas que os fazem tremer assim que pensam em responsabilidades.