Renova celebra a arte no Museu Thyssen em Madrid mas em Torres Novas não dá um cêntimo partido ao meio
A Renova é uma marca mundial com prestígio e fama que se dá ao luxo de fazer publicidade nos maiores museus do mundo e agora também de "convidar personalidades do mundo da literatura, da arte, da moda e do cinema para uma noite inesquecível em Madrid, no icónico Museu Thyssen-Bornemisza, onde celebrou alguns dos valores que a tornam única: a inovação, autenticidade e a criatividade", informação divulgada com fotos por uma agência que trabalha para a marca.
"As Renova Art Commissions", como a administração chama à sua iniciativa, é segundo a Renova "um dos pilares fundamentais da comunicação da marca que pretende estabelecer um diálogo com artistas de diferentes disciplinas e transportar para a marca a sua linguagem". É assim, dizem os donos da Renova, que a empresa "reforça o seu compromisso com artistas emergentes e com o futuro das artes, desenvolvendo colaborações com escolas de arte e design e a criação de instalações artísticas em França, Espanha, Coreia do Sul e Canadá".
Ficamos a saber ainda que a noite no Thyssen acabou com um jantar exclusivo no emblemático restaurante Horcher, no coração de Madrid. Sob a luz de velas quentes e rodeados por uma deslumbrante exposição floral, os convidados desfrutaram de um ambiente íntimo e seleto. Cada pormenor foi concebido para proporcionar uma experiência memorável, fazendo desta “soirée rouge et noir” uma verdadeira celebração dos sentidos". É lindo saber que há gente que não só tem o privilégio de passar por estes estados de alma, como é bom saber que o mundo não é só desgraças, guerras e injustiças, seja no Sudão ou em Moçambique, no Congo ou na Coreia do Norte, na Palestina ou na Ucrânia.
Mas fica a pergunta para quem quiser responder ou ficar a pensar: e Torres Novas, onde a Fábrica labora e o rio Almonda e a sua fauna e flora sofre o que não se deseja a nenhum felizardo que tem o privilégio de participar nas “soirée rouge et noir”? E as associações de Torres Novas, e da região, não merecem ao menos um cêntimo partido ao meio nem que seja para pagar as flores de plástico usadas nas festas populares e compradas nas lojas dos chineses?
"O evento constituiu um marco na ligação da Renova à arte e à cultura, reforçando a sua identidade como uma marca que transcende o quotidiano para explorar novas formas de criatividade e expressão" diz ainda o press enviado para os jornais pela agência que faz a comunicação da Renova. Parabéns da parte do Cavaleiro Andante para todos os administradores da fábrica que de vez em quando enchem de merda o leito do Rio Almonda. Que a vida lhe dê em dobro aquilo que eles desejam para os torrejanos e os ribatejanos em geral.