Carnaval 2026 já começou na Chamusca

Os discursos na sessão solene das comemorações do 25 de Abril na assembleia municipal da Chamusca foram chatos, mas, pior do que isso, foram pobres.
Os discursos na sessão solene das comemorações do 25 de Abril na assembleia municipal da Chamusca foram chatos, mas, pior do que isso, foram pobres. A excepção foi o do presidente da câmara, o capataz Paulo Queimado, que roubou alguns sorrisos aos autarcas e munícipes presentes. O presidente, em jeito de despedida, embora ainda lhe faltem mais de cinco meses de boa vida, disse ter um profundo sentimento de missão cumprida e que durante o período do seu reinado “a Chamusca transformou-se, o concelho transformou-se”. A verdade é que se transformou mesmo. Senão vejamos: é dos concelhos do país que mais perde população; é seguramente dos concelhos do país que mais comércio local perdeu, entretanto substituído por lojas de chineses. Dantes a Chamusca era conhecida pela sua gastronomia; neste momento contam-se pelos dedos de uma mão os restaurantes abertos; uma vila que tem uma zona industrial sem empresas, que está cada vez mais afastada do rio Tejo, que tem a zona ribeirinha ao abandono; uma vila que tem umas piscinas municipais fechadas há seis anos, um mercado municipal deserto e que demorou cinco anos a ser requalificado; uma vila que tem um novo centro de saúde às moscas, embora os problemas da falta de médicos no concelho continuem a ser muitos; um município que é candidato a ficar na história por ter sido liderado durante 12 anos por pessoas cinzentas, sem empatia, e que acumularam casos de discriminação e desprezo para com alguns funcionários de longa data. As palavras do autarca no dia 25 de Abril revelam aquilo que Paulo Queimado é: um político inábil, sem noção do ridículo, que acha que tem o rei na barriga por ter duas dúzias de vassalos aos seus pés.... e da sua vice-e-companheira de frustrações Cláudia Moreira.