Nem foi preciso encher chouriços no mercado de Samora

No mercado de Samora Correia, no sábado, 2 de Outubro, os enchidos e a política venderam-se lado a lado.
No mercado de Samora Correia, no sábado, 2 de Outubro, os enchidos e a política venderam-se lado a lado. Entre gritos de “três e meio, minha senhora!” e “leve dois, pague um!”, desfilavam bandeiras e sorrisos de campanha. E nem foi preciso encher chouriços. Ninguém faltou. O Chega levou o autocarro para a porta do cemitério (paredes meias com o mercado), o PS a carrinha e as comitivas da CDU e do PSD cruzaram-se entre bancas de fruta, de vestuário e de promessas. Hélio Justino e Sónia Ferreira trocaram sorrisos e cumprimentos cordiais sobre o chão de terra batida, num momento em que a concorrência política pareceu mais civilizada do que a disputa pela melhor peça de roupa para o menino e para a menina.