Cadernos Nova Síntese com mais uma edição dedicada à literatura africana

Edição tem coordenação de Fátima Mendonça e José Manuel Vasconcelos e foi apresentada no Museu do Neo-realismo, em Vila Franca de Xira.
“O Neo-realismo e as literaturas africanas de língua portuguesa” é o título de mais um número dos Cadernos Nova Síntese com direcção de António Mota Redol. A presente edição tem coordenação de Fátima Mendonça e José Manuel Vasconcelos. Na apresentação, que decorreu no Museu do Neo-realismo em Vila Franca de Xira, no sábado, 8 de Fevereiro, António Mota Redol lembrou que esta é a 60ª edição promovida pela Comissão Promotora do Museu do Neo-realismo que representa um esforço financeiro de cerca de 200 mil euros.
A revista é a mais internacional de sempre com colaboração de Ilse Pollack, Alda Milani e Denisa Craciun. Entre os autores portugueses destaque para Pires Laranjeira e Francisco Topa, entre um conjunto de mais de uma dezena de autores.
Jessica Falconi foi a convidada para a apresentação da revista. Durante a sua intervenção declarou que “as teorias também viajam, e que este volume funciona como uma espécie de mapeamento dessas viagens, algumas revolucionárias. E quando encontram África tornam-se ainda mais contundentes”. Para Jessica Falconi “editar temas sobre o neo-realismo é um acto de coragem nos dias de hoje. A academia é marcada por modas, e voltar a trabalhar sobre temas que tiveram peso é muito importante e deve ser valorizado”.
Dina Alenquer com um texto intitulado “Quando a literatura é uma arma”, presta homenagem a Júlio Graça, escritor natural de Alhandra, que é um dos fundadores do Museu e que completa este ano um século do seu nascimento. A revista inclui ainda uma entrevista com o escritor realizada em 2003 pela autora do artigo.