Divulgação | 30-11-2023 11:18

Somos ou não cidadãos digitais?

Somos ou não cidadãos digitais?
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Atualmente, estamos imersos numa era digital em que a tecnologia chegou a muitos dos aspetos das nossas vidas. A questão de saber se somos ou não cidadãos digitais torna-se um ponto crucial de reflexão nesta paisagem tecnológica em constante evolução.

Esta reflexão torna-se ainda mais interessante, se pensarmos num cenário global de produtos e serviços. Isto porque ainda existem setores como, por exemplo, a pesca ou agricultura, que ainda têm um quê de “manual” na sua essência. No entanto, também já caminham para uma direção mais digital.

Por outro lado, a verdade é que cada vez mais as empresas olham para a tecnologia como um meio de chegar mais perto dos consumidores. Entre normas de segurança, privacidade, a verdade é que trabalham o meio tecnológico de forma a promover as interações com os seus públicos-alvo e satisfazer as suas necessidades.

Em última análise, o que significa então ser cidadão digital? É isso que este artigo pretende responder.

O que é a cidadania digital?

A cidadania digital refere-se ao conjunto de competências, conhecimentos e comportamentos que permitem às pessoas participar de forma segura, ética e responsável na sociedade digital. Implica a utilização consciente e crítica das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) para interagir online, tanto pessoal como profissionalmente.

Os cidadãos digitais estão familiarizados com a tecnologia, sabem como utilizá-la eficazmente e estão conscientes dos desafios e riscos associados ao mundo digital. Isto inclui a capacidade de avaliar a validade da informação, proteger a privacidade, manter a sua segurança e participar de forma construtiva nas comunidades online.

Fatores que contribuem para a cidadania digital

Além desta definição teórica, a verdade é que o mundo caminhou para o online e não demos conta que, por um ou outro fator, tornámo-nos cidadãos digitais sem sequer dar conta. Isto porque a evolução tecnológica assim o “obrigou”. Ora vejamos:

Vivemos de interações online

As redes sociais, os fóruns e as plataformas de comunicação são agora locais onde expressamos as nossas opiniões, partilhamos experiências e estabelecemos contactos com pessoas de todo o mundo.

No entanto, esta conetividade também traz desafios, como a proliferação de fake news e a criação de bolhas de informação que limitam a nossa exposição a perspetivas diversas. Logo, é preciso saber agir e evitar cair no erro de seguir tendências duvidosas.

Existem cada vez mais “consumos” digitais

Além disso, outro dos pontos que prova que já somos cidadãos digitais é o facto de grande parte dos nossos hábitos de consumo terem uma interação digital associada, nem que seja um simples pagamento ou inserção de dados num serviço público. E, não é necessário ir muito longe.

Por exemplo, há cada vez mais consumidores a optarem pelos canais digitais para realizarem as suas compras de consumo; aplicações de ride-share, como a Uber, já são uma constante para deslocações; na hora do entretenimento, houve um crescimento de plataformas especializadas em jogos como a PokerStars Casino, que oferece jogos como o blackjack, o mítico 21, que ganhou, inclusive, novas variantes no cenário online e outros recursos que permitem a novos utilizadores aprender as dinâmicas deste jogo centenário; e, por último, as redes sociais, que tornaram o mundo numa autentica aldeia global.

Tudo isto, prova que é possível replicar no ambiente digital uma parte fundamental do mundo real: o entretenimento, o consumo e os desejos dos consumidores.

Produzimos e consumimos conteúdos digitais

Na sociedade digital, a criação e o consumo de conteúdos tornaram-se uma forma significativa de expressão e participação.

Os cidadãos digitais são simultaneamente produtores e consumidores de informação, e esta dualidade implica a responsabilidade de garantir a veracidade e a ética na criação e difusão de conteúdos.

A luta contra a desinformação torna-se assim uma tarefa coletiva que exige a colaboração dos cidadãos digitais para discernir os factos da ficção.

Uma maior inclusão digital, pessoal e profissional

A “fratura” digital, que reflete as disparidades no acesso e nas competências tecnológicas, é também um aspeto crucial da cidadania digital. Para que todos participem plenamente na sociedade em rede, é necessário resolver estas desigualdades e garantir que todos tenham acesso à tecnologia e à formação necessárias.

Além disso, não se limita apenas à esfera pessoal, mas tem também implicações na esfera profissional.

A capacidade de adaptação às novas tecnologias e a compreensão do seu impacto no ambiente de trabalho tornam-se essenciais para o sucesso no mundo do trabalho contemporâneo.

A formação constante e a atualização de competências tornam-se imperativas para os cidadãos digitais que procuram prosperar num ambiente de trabalho cada vez mais tecnológico. No fundo, a chamada literacia digital!

Uma reflexão que vai mais além que uma simples definição

Com efeito, ao refletirmos sobre o nosso estatuto de cidadãos digitais, temos também de considerar a ética do desenvolvimento e da utilização de tecnologias emergentes. E é aqui que entram as proteções e políticas de dados. Isto porque levantam questões éticas que exigem uma reflexão profunda e um diálogo informado entre os cidadãos digitais e os decisores políticos.

Assim, é fundamental ter em conta dois conceitos: cibersegurança e privacidade de dados.

A cibersegurança é um dos pilares fundamentais da cidadania digital. A proteção das nossas informações pessoais e o conhecimento das ameaças online são cruciais para navegar com êxito no ciberespaço.

A adoção de medidas de segurança, como palavras-passe fortes e verificação da identidade, torna-se uma responsabilidade inevitável para os cidadãos digitais conscientes.

Por sua vez, a privacidade é outro elemento central da cidadania digital. Com cada clique, deixamos vestígios que podem ser recolhidos e utilizados para uma série de fins. Compreender como as nossas informações pessoais são recolhidas e utilizadas permite-nos tomar decisões informadas sobre a nossa privacidade no mundo digital.

Em suma, somos efetivamente cidadãos digitais neste século XXI. Navegamos nas águas digitais com a responsabilidade de compreender, participar e moldar a sociedade.

A cidadania digital não é apenas uma condição, mas um compromisso ativo com a ética, a segurança e a participação informada no mundo digital em constante evolução. Ao aceitarmos esta realidade, podemos tirar o máximo partido das oportunidades que a tecnologia nos oferece, ao mesmo tempo que enfrentamos os desafios que surgem na via para um futuro digital inclusivo e sustentável.

No entanto, sempre com a certeza que protegemos a “nossa” vida online e compreendemos a importância da capacitação digital, de forma a termos os conhecimentos suficientes para agir em conformidade!

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