O MIRANTE | 28-11-2022 10:00

A Sugal é uma família e o nosso foco é fazer sempre mais e melhor”

A Sugal é uma família e o nosso foco é fazer sempre mais e melhor”
GALARDÃO EMPRESA DO ANO
João Ortigão Costa é administrador da Sugal Group há 25 anos

A Sugal nasceu em Azambuja há 65 anos com uma experiência adquirida também na produção de tomate.

Ao longo dos tempos investiu em tecnologia, inovação e no crescimento tendo actualmente cinco fábricas e destacando-se por ter duas campanhas no mesmo ano, uma no hemisfério norte e outra no hemisfério sul. A relação de confiança com as pessoas comprova-se pelo facto de trabalhar com alguns produtores há quatro décadas.

Do espírito de iniciativa de uma família dedicada à agricultura nasceu uma das indústrias de tomate mais respeitadas a nível nacional e internacional que começou com uma fábrica em Azambuja e progrediu com inovação e persistência para uma segunda fábrica em Benavente, adquirida em 2007 e actualmente com mais três fábricas, duas no Chile e uma em Espanha. Uma aposta de crescimento estratégico que faz da Sugal Group a única empresa que consegue ter anualmente duas campanhas de transformação de tomate, uma no continente americano outra no europeu. Só as duas fábricas portuguesas têm uma capacidade instalada para processarem 12 mil toneladas diárias de tomate fresco.
Há 65 anos que a empresa faz o que melhor sabe, que é retirar o melhor tomate do campo e transformá-lo com dedicação, sabedoria e tecnologia avançada, que permite que a Sugal se destaque pela qualidade. A compra da fábrica de Benavente permitiu a comercialização da Guloso, uma marca muito conhecida dos consumidores. Mas muito do sucesso da empresa é fruto da relação de confiança com as pessoas e da forma como se valoriza o espírito de equipa e o trabalho. A Sugal mantém uma proximidade duradoura com quem contacta com a empresa, sejam fornecedores, clientes ou agricultores e pode orgulhar-se de ter produtores que há mais de 40 anos lhe fornecem tomate.
Desde a sua fundação que tem havido uma preocupação em apostar numa estratégia de formação e desenvolvimento das pessoas, em soluções tecnológicas avançadas e na criação de uma cultura interna de paixão pela empresa e pela qualidade, o que faz do grupo uma referência no sector e no mundo empresarial. Nas paredes das instalações é possível ver frases que reflectem a cultura da empresa como na entrada para a área da administração: “Sucesso é o resultado do trabalho da equipa que procura fazer mais e melhor!”
Além da transformação também cultiva tomate e é o maior agricultor da área na Europa produzindo cerca de três mil hectares de tomate. O grupo tem investido na eficiência energética e em inteligência artificial para reagir antes dos problemas e definir melhor o futuro. A busca da excelência, a integridade, o espírito de equipa, a inovação e a ética são os ingredientes do prestígio da Sugal, que está presente em 70 mercados.
Num mundo actualmente cheio de incertezas a Sugal enfrenta as dificuldades melhorando o que faz e procurando todos os dias ser mais eficiente. João Ortigão Costa, que se dedica à administração do grupo há 25 anos, realça que o desafio é persistir no aumento da produtividade e não adormecer na persecução dos interesses da empresa. Importante também para o sucesso é que as equipas de colaboradores gostem de trabalhar na Sugal. “É importante que as pessoas sintam a empresa”, realça o administrador.
A gestão de base familiar é uma marca de distinção que tem contribuído para a longevidade da empresa. João Ortigão Costa sublinha que as outras empresas, que têm gestores profissionais “se calhar têm uma visão de mais curto prazo. A nossa empresa é uma família e o nosso foco é fazer mais e melhor”. A Sugal chega a ter mais de mil pessoas a trabalharem na época das campanhas, o que para a administração da empresa é um orgulho, mas também uma grande responsabilidade.

Preocupação com aumento dos custos de produção

O tomate que entrou nas fábricas da Sugal Group neste ano de 2022 custou cerca de 60 milhões de euros. Com os olhos postos no crescimento e na responsabilidade ambiental e social, a empresa, que tem um volume de negócios de centenas de milhões de euros anuais, está preocupada com o aumento dos custos de produção devido à instabilidade internacional, primeiro por causa da pandemia e agora derivado da guerra na Ucrânia. Mas está determinada em enfrentar as dificuldades e vencer os desafios.
Um dos custos que mais aumentou nos últimos tempos foi o da energia que, segundo a administração, teve um acréscimo na ordem dos 56%, desde 2020 até agora, sendo o segundo maior custo da empresa. O primeiro é o do tomate fresco. Os custos de transporte também têm aumentado, bem como o das embalagens que estão mais caras cerca de 60%. Para o administrador João Ortigão Costa os aumentos dos custos da energia são os que estão a causar alguma apreensão relativamente à competitividade na Europa.

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