Cartaxo avança com processo para reabilitar circular urbana

A intervenção na circular urbana do Cartaxo, por onde passam diariamente muitos camiões, é bastante avultada, mas é uma prioridade atendendo ao estado a que chegou. Só para o troço mais necessitado de cerca de um quilómetro a previsão de custo é de dois milhões de euros.
A Câmara do Cartaxo quer fazer a recuperação da circular urbana da cidade, que neste momento é utilizada por quase um milhar de veículos pesados diariamente. Os custos de requalificação desta via estruturante para a cidade são elevados atendendo à configuração da circular e à necessidade de se fazer um trabalho que dure pelo menos duas dezenas de anos. Enquanto o processo decorre, o município pretende fazer alguns pequenos arranjos nas zonas mais degradadas da via.
O presidente da autarquia, João Heitor, explica a O MIRANTE que neste momento está a fazer uma consulta preliminar ao mercado para se fazer posteriormente as bases para o concurso público que, na melhor das hipóteses, ainda pode ser lançado este ano. Mas para o início das obras ainda vai demorar mais de um ano. O autarca diz que já foram recebidas algumas respostas e que o processo vai desenvolver-se, sendo que a primeira intervenção prevista é para um troço de cerca de um quilómetro, entre a rotunda do Intermarché e a rotunda das padarias.
João Heitor revela que só para este primeiro troço a previsão de custo é de cerca de dois milhões de euros. O presidente considera que a intervenção na circular é uma prioridade, atendendo à mobilidade na cidade, ao estado em que se encontra a via e porque é atravessada diariamente por 800 a 900 camiões que têm impacto na infra-estrutura. Recorde-se que em 2006 foi decidido proibir o atravessamento da cidade por parte de camiões, que são encaminhados para a circular urbana, seguindo uma recomendação da comissão municipal de trânsito.
A circular começou a ser construída no final da década de 90 do Século XX e foi sendo feita por fases, tendo as obras sido financiadas pela União Europeia, que actualmente já não disponibiliza apoios para este tipo de obras.