Sociedade | 22-04-2025 21:00

Estudo viabiliza duas rotundas e reabertura do trânsito pelo meio do Parque Central do Cartaxo

Estudo viabiliza duas rotundas e reabertura do trânsito pelo meio do Parque Central do Cartaxo
Estudo viabiliza reabertura do trânsito pelo meio do Parque Central do Cartaxo

Não é uma das prioridades do topo da lista do presidente da câmara, mas o estudo reabre a discussão sobre a decisão em 2007 de unir duas zonas atravessadas pela Nacional 3, a praça de toiros e a câmara, com um parque subterrâneo, que ficou concluída em 2011. João Heitor, que está a terminar o primeiro mandato, tem dados suficientes para justificar a reabertura do trânsito no centro e diz que vai ser um processo interessante de gerir politicamente.

A Estrada Nacional nº 3 pode voltar a passar pelo centro do Cartaxo, década e meia após o corte desta via na zona da câmara municipal e da praça de toiros para dar lugar ao parque central. O projecto do final do mandato do socialista Paulo Caldas obrigou ao desvio do trânsito para as ruas que circundam a câmara mercado e o tribunal, mas a sua é falada há cerca de nove anos. O actual executivo social-democrata, liderado por João Heitor, já tem nas mãos um estudo que mandou fazer para avaliar o tráfego e a mobilidade que aponta para que se volte ao antigamente.
O presidente do município refere que o estudo de tráfego avaliou várias possibilidades e dinâmicas de circulação. Entre as várias situações estudadas foi feita a avaliação da inversão do trânsito de uma das ruas mais emblemáticas da cidade, a Rua Batalhoz, mas não se prevê a mudança do sentido de circulação. Uma das situações previstas é a construção de duas rotundas, uma de ligação à Rua Batalhoz, e outra na intercepção da Rua 5 de Outubro com a Rua Serpa Pinto, o que, refere o autarca, criará também uma entrada mais directa e facilitada ao parque de estacionamento subterrâneo. João Heitor considera que foi um erro fechar a Nacional 3 da forma como foi e garante que os veículos pesados vão continuar fora do centro.
João Heitor refere a O MIRANTE que a realização do estudo corresponde a um compromisso que foi assumido, destacando que esta nova visão é importante a várias dimensões, realçando que permite a quem circula em direcção à câmara pela Rua Batalhoz ter acesso facilitado ao estacionamento sem ter que circundar o quarteirão do parque. Esta situação, diz o presidente no seu primeiro mandato, vem criar uma nova dinâmica na cidade, sublinhando que a reposição da circulação no pequeno troço da Nacional 3 será numa lógica de via de atravessamento lento. O projecto não é para já uma das primeiras prioridades para a autarquia, que tem várias vias com necessidades de reabilitação, como é o caso da circular. João Heitor admite que este processo vai ser “engraçado” de gerir em termos políticos, vai ser importante e desafiante perceber o que as pessoas querem.
Em 2016, no final do primeiro de dois mandatos do socialista Pedro Magalhães Ribeiro, os vereadores do PSD tinham sugerido que fosse estudada a hipótese de reabrir a circulação automóvel no centro da cidade que incidisse sobre esta zona que passou a pedonal. Na altura, o social-democrata na oposição, Vasco Cunha, dizia que era “notória a deficiente circulação automóvel no centro da cidade”, desde que foi feita a unificação dos jardins e constituição do Parque Central da cidade. Pedro Magalhães Ribeiro manifestou receio do impacto do peso das viaturas circularem naquele local que tem por baixo um parque de estacionamento subterrâneo.
O parque foi inaugurado pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, a 7 de Outubro de 2011, com a presença de muitos populares e autarcas da região. Mas os vereadores da câmara e os deputados municipais do PSD decidiram não comparecer à inauguração para se demarcarem do que consideraram ser a “festa de despedida” de Paulo Caldas da liderança da câmara, dois anos antes de terminar o último mandato. Na altura, o autarca socialista garantia que este projecto de união dos jardins em toda a área do largo Vasco da Gama e praça 15 de Dezembro era para ser concluída até 2009, mas tal só aconteceu em 2011.
O parque de estacionamento subterrâneo, incluído no mesmo projecto que custou mais de sete milhões de euros, foi a maior dor de cabeça da autarquia, para além do descalabro financeiro em que mergulhou na altura. Em 2023 O MIRANTE noticiou que havia cidadãos a ocupar lugares de estacionamento como se fossem uma garagem privada. Situação que levou o novo executivo de João Heitor a tarifar o parque e colocar vigilância.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1713
    23-04-2025
    Capa Médio Tejo
    Edição nº 1713
    23-04-2025
    Capa Lezíria Tejo
    Edição nº 1713
    23-04-2025
    Capa Vale Tejo