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Baixa política em Torres Novas

Comunicado forjado em nome de supostos “renovadores comunistas”

Um comunicado falso posto a circular em nome de um grupo de supostos renovadores comunistas de Torres Novas lançou a confusão na opinião pública e induziu O MIRANTE em erro. O tratamento jornalístico dado ao texto enviado para a nossa redacção motivou pedidos de rectificação dos nomes que surgiam como alegados signatários do comunicado, que negam a sua autoria bem como as posições nele expressas. A baixa política instalou-se na cidade do Almonda, desta vez tendo como pano de fundo o debate sobre o prolongamento da avenida marginal. Estávamos longe de imaginar que num país com quase trinta anos de democracia ainda existia quem se divertisse a lançar a confusão na opinião pública e a alimentar a calúnia e a difamação.

O clima de crispação política que se instalou em Torres Novas, em torno da questão do prolongamento da avenida marginal ao Almonda, teve na semana passada o seu episódio mais triste e polémico com a distribuição à imprensa de um comunicado forjado, supostamente subscrito por algumas figuras ligadas ao PCP e à esquerda torrejana. O MIRANTE acabou por tratar o texto jornalisticamente em cima do fecho da edição, sem se assegurar da sua autenticidade, acabando por ser induzido em erro.Todos os nomes inscritos como subscritores desse texto foram abusivamente lá colocados. Até porque nenhum dos visados se revê no conteúdo onde se ataca a postura do PCP local e do vereador da CDU Carlos Tomé, se defende as posições da gestão socialista e se critica a exigência de um debate público sobre o prolongamento da citada avenida. Carlos Trincão Marques, um dos nomes visados, afirma não estar muito surpreendido com o aparecimento do comunicado forjado “porque se está a entrar no esquema da baixa política”. Mas o advogado torrejano não faz ideia de quem se pode ter dado ao trabalho de elaborar aquele texto, que o deixou visivelmente irritado. “É uma coisa nojenta, provavelmente feita por algum maluco ou por alguém que está a fazer o jogo do poder”, observa.E continua: “O comunicado é completamente falso, não corresponde de maneira nenhuma à minha posição, seja a nível partidário, seja quanto à actuação da Câmara de Torres Novas”. Trincão Marques refuta assim claramente cisões ao nível do PCP torrejano, como era insinuado nesse documento forjado em nome de “renovadores comunistas de Torres Novas e simpatizantes”. Uma posição que será comum aos outros nomes envolvidos.“VEXATÓRIO E REPUGNANTE”Ao nosso jornal chegaram entretanto vários pedidos de rectificação em nome de outras pessoas envolvidas pelo texto forjado que garantem nada ter a ver com o que ali é expresso. São os casos de José Trincão Marques, de Augusto Neves, de Álvaro Maia, de José Augusto Paixão, de Joaquim Mendes António e de José João Lopes. Este último, em declarações ao nosso jornal, classifica o texto como “vexatório e repugnante” e confessa-se “melindrado” por ver o seu nome envolvido nesta situação embaraçosa, até por se considerar uma pessoa avessa a quezílias.“Eu sou um cidadão normal, que tem o seu partido e a sua ideologia, que não provoca ninguém e que respeita toda a gente. Não gosto de hostilizar as pessoas nem de criar problemas a ninguém”, afirma José João Lopes, confessando-se surpreso por ver o seu nome utilizado abusivamente embora tivesse conhecimento que já anteriormente outros panfletos anónimos tinham circulado na cidade. “Já apareceram outras cartas a dizer mal das pessoas. É alguém que anda aqui a manobrar isto há muitos anos e que não fazemos ideia de quem seja”, acrescenta.Outro nome visado pelo panfleto forjado foi o do vereador da CDU Carlos Tomé, que esclarece não ser militante do PCP e, logo, não ter qualquer ligação à concelhia comunista de Torres Novas. O autarca lamenta e desmente ainda as outras falsidades postas a circular, envolvendo o seu nome.

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