O novo livro de João Manuel Sampaio foi apresentado na tarde de sábado, 22 de Fevereiro, no Hotel dos Templários, em Tomar, perante uma plateia de convidados e amigos do autor, que nesse dia comemorava mais um aniversário. “Cais do Rio Submerso” é um livro de versos ou, segundo o próprio Sampaio, um conjunto de “prosa poética”.Um prelúdio de poesia de diversos autores deu o mote de abertura à sessão, realizada perante um auditório repleto. Foi um momento bonito, onde Camões e Florbela Espanca, entre outros, foram lembrados em versos recitados por um grupo de amigos que acarinham estes eventos. João Sampaio aproveitou também para declamar alguns versos do seu livro acompanhado de Trovisco, um tinto da região de onde é natural, Trás-os-Montes.A apresentação da obra esteve a cargo de três amigos do autor e, claro, dele próprio. José Luís Fachada, em representação de Plás XXI e da Tipografia Gouveia, justificou a sua publicação não só pelos laços de amizade e pelas raízes transmontanas como também pelo despertar numa altura de crise. António Fidalgo despiu-se da sua figura de vereador da Câmara de Tomar e, como amigo do poeta, focou a forma especial como ele utiliza as palavras, levando-nos a reflectir sobre os nossos sentimentos e relações interpessoais. Já Rui Machado, autor do prefácio e velho amigo de Sampaio, apresentou-nos o livro no seu âmago, onde nos fala de amor, com enlaces de erotismo e relações. “Escreve os sentidos num mundo de ambivalências e reacções mentais”, citou. “Em Cais do Rio Submerso, Sampaio, nauta do mar sem fim, barco de velas eternamente enfunadas, busca na solidão das planícies do sonho a linha do horizonte que contemplará com os olhos da alma. Para além dela, há oceanos de beatitude prontos a acolher as águas sofridas de rios submersos”, disse ainda.João Sampaio fez os agradecimentos e elogios habituais e dissertou sobre a sua obra que representa a concretização do sonho de homenagear em livro o seu pai e também, de forma peculiar, o amor, os rios, oceanos e mares – “Até no amor o húmido é importante...a água na origem de tudo...”. Trata-se de uma poesia feita de palavras simples, de origens rurais e de leitura suave e acessível, que se pode encontrar à venda na Tipografia Gouveia pelo preço de 5 euros.