O Ranco Folclórico da Ribeira de Santarém arranjou finalmente um local onde pode ensaiar e desenvolver a sua actividade sem correr o risco de o tecto lhe cair em cima. O agrupamento vai ocupar parte de um imóvel situado na Ribeira, propriedade da empresa Cervinal, que tem sede em Abrantes.Até agora instalado na antiga Casa da Portagem - edifício municipal que ameaça ruína e cuja demolição já foi anunciada pela Câmara de Santarém há cerca de um ano -, o grupo arriscou durante meses a permanência no local, apesar das ordens em contrário da protecção civil, que alertou em devido tempo para os riscos de derrocada do imóvel. E nem a retirada do contador de electricidade, por ordem da autarquia, demoveu os irredutíveis elementos do rancho, que trataram de improvisar iluminação para poderem prosseguir com os ensaios.O contrato de comodato, subscrito no dia 20 de Fevereiro pela empresa, pelo rancho e pela Câmara de Santarém, garante a permanência gratuita do grupo no local durante pelo menos um ano. Embora exista uma cláusula que dá poder à Cervinal para despejar os seus novos inquilinos caso venha a necessitar das instalações antes do prazo previsto.O assunto foi discutido na reunião de câmara de sexta-feira, 21 de Fevereiro, tendo o vereador da CDU José Marcelino considerado que esta solução não resolve de vez o problema do rancho, que se sujeita a andar em breve novamente com a casa às costas. “Isto é uma medida conjuntural que não resolve o problema. O ideal seria que todas as associações e colectividades tivessem uma sede, mas vamos tentar encontrar uma solução para esta caso em articulação com a Junta de Freguesia da Ribeira de Santarém”, respondeu o presidente da câmara, Rui Barreiro (PS), acrescentando que o próprio rancho ficou de tentar arranjar um espaço na Ribeira, até para possível aquisição, no que poderia ser apoiado pelo município