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“Nunca ninguém me disse que estava incapaz para jogar futebol”

Rui Lopes regressou à competição depois de quatro meses de sobressalto e já marca golos

Há quatro meses atrás Rui Lopes, jogador do Fazendense, sentiu-se mal durante um treino e ficou paralisado da cintura para cima. Foi transportado ao hospital, tratou-se e recuperou. Na altura surgiram notícias de que tinha sido dado como incapacitado para voltar a jogar futebol. Situação agora contrariada com o regresso do jogador à competição e aos golos.

Rui Lopes, há muitos anos ligado ao Fazendense, é um dos melhores avançados que se encontram ao serviço das equipas do distrito de Santarém. O seu valor já foi até reconhecido por equipas de outra dimensão e chegou a ter uma passagem pelo Desportivo de Chaves, quando esta equipa se encontrava na primeira divisão nacional.Mas a carreira desportiva de Rui Lopes sofreu um abanão há cerca de quatro meses. Durante um treino do Fazendense, o jogador sentiu-se mal, foi pelo seu pé até ao posto médico, onde de repente ficou paralisado da cintura para cima. Foi transportado de imediato ao hospital, onde fez vários exames que nada acusaram.Apesar de ter circulado a notícia de que Rui Lopes não voltaria a jogar futebol, o diagnóstico foi crises de ansiedade. O jogador foi medicado, recuperou e voltou aos treinos há cerca de um mês, regressando à competição há três semanas, frente ao Lourinhanense. Este domingo foi de grande alegria para o atleta que marcou o seu primeiro golo em jogos oficiais depois do regresso à competição.Em conversa com O MIRANTE, o jogador garante que durante os quatro meses que esteve de baixa nunca ninguém lhe disse que estava incapaz para voltar a jogar futebol. “Não sei mesmo de onde é que esses boatos surgiram, só tenho pena é ter havido quem lhe tenha dado asas”, confessou Rui Lopes.Uma semana depois da primeira crise de ansiedade, quando se encontrava a fazer compras com a esposa, voltou a sentir-se mal, e com os mesmos sintomas que tinha tido na outra altura. “Foi então que eu e, mais ninguém, tomei a decisão de não voltar a jogar sem saber o que é que se passava comigo. Nunca médico algum me disse que eu não poderia jogar mais futebol”, garantiu.Durante os quatro meses que esteve afastado dos campos de futebol, Rui Lopes, sujeitou-se a toda a espécie de exames médicos, que felizmente nada acusaram. “Não tenho nada do foro físico. Segundo o médico neurologista, trata-se apenas de um problema do sistema nervoso, que provocou uma reacção de paralisação do corpo. Agora estou medicado e estou bem, e o médico deu-me alta para voltar a treinar e a jogar. Foi isto que se passou e nada mais”.O jogador já regressou à competição e está esperançado em voltar a ser o mesmo Rui Lopes que foi até aqui. “O receio que sentia quando recomecei a treinar está a desvanecer-se e estou confiante de que em breve estarei fisicamente em forma para poder ajudar a equipa a acabar o campeonato com dignidade”, referiu Rui Lopes.Aos 27 anos, Rui Lopes, quer continuar a sua carreira de jogador de futebol. Confessa que durante os quatro meses de calvário, sofreu também com os resultados do Fazendense. “Sofri pelo clube, pelo presidente e pelos meus companheiros de equipa, que me têm demonstrado uma grande amizade. Melhores colegas do que eles não será fácil de encontrar”.O jogador fica triste por reconhecer que o Fazendense já não tem grandes hipóteses de evitar a descida, uma situação que, para ele, não tem grande explicação. “Temos um bom grupo de trabalho, um bom presidente e o apoio dos adeptos, mas infelizmente as coisas começaram mal e nunca mais se recompuseram”. Apesar de tudo, Rui Lopes garante que se o presidente o quiser no clube vai continuar. “Tenho um grande carinho pelo Fazendense e uma grande amizade e respeito pelo presidente Botas Moreira, que nunca me abandonou e cumpriu sempre com tudo o que prometeu. Só uma proposta daquelas impossíveis de recusar, ou o desinteresse do clube no meu concurso, me levarão a deixá-lo. Quero ajudar o clube a acabar o campeonato com toda a dignidade e, se me quiserem, ajudar o clube a voltar de novo ao nacional”, concluiu.

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