Confirmação da alternativa em Espanha com as maiores figuras
Manuel Caetano já tem a alternativa em Espanha...Tirei a alternativa em 2004 numa corrida em Vejer de La Frontera (Cádiz) e tive de a tirar para poder fazer aquela corrida importante na Andaluzia. Mais importante será a confirmação da alternativa em Julho em Atarfe (Granada) numa praça onde já triunfou?É verdade vou voltar a Atarfe em Julho com duas das maiores figuras do mundo. Os rejonadores Pablo Hermoso de Mendoza e Férmin Bóhorquez vão lá estar na confirmação da minha alternativa. Tourear com eles é o desejo de qualquer cavaleiro. Vai ser um momento histórico numa praça onde triunfei.Em Atarfe ganhou o concurso de rejonadores derrotando oito cavaleiros, dois deles portuguesesPara mim foi uma vitória de Portugal, mais do que um triunfo meu. Ser um português a vencer em Espanha deu-me um orgulho especial. Essa corrida foi vista por 1,6 milhões de pessoas através do Canal Sur da Andaluzia.Em Espanha, o cavaleiro tem de matar o toiro. Gostaria de matar em Portugal?Não. Portugal é a pátria do toureio a cavalo e a corrida à portuguesa é com cavaleiros e forcados e temos que manter a nossa tradição. Em Espanha é a corrida dos rojões. A pé é discutível se o toiro deve ou não ser morto na arena. Um cavaleiro ganha muito dinheiro?Não ando cá por dinheiro, ando pela paixão. Em termos financeiros, isto não compensa. Há muita despesa e os cachets não chegam para tudo.Mas dedica-se por inteiro à profissão…Trabalho 12 horas por dia e vivo para a minha profissão. Pela paixão de ser toureiro e de ser figura. Passo o dia a montar cavalos, a tourear toiros, vacas, novilhas e a cuidar dos meus cavalos. Para ser figura temos de trabalhar muito, isto não é uma corrida de 200 metros, é uma maratona de muitos quilómetros e de muitos anos.
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