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Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria chumbou as contas

Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria chumbou as contas

Oposição unida na crítica aos documentos e à gestão da maioria PS

O presidente da Junta recusa rever os documentos que considerou semelhantes aos que têm sido enviados ao Tribunal de Contas e que nunca mereceram reparos.

A Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria reprovou, na passada sexta-feira, o relatório de gestão e contas de 2006 da freguesia com os votos favoráveis do PS e os votos contra das restantes bancadas. A CDU acusa o executivo da junta de freguesia de não explicar as opções tomadas, as dificuldades e as soluções futuras para as resolver. “O relatório de gestão é fraco, omisso de explicações e ou esconde ou amacia as contas da freguesia”, afirmou o eleito da CDU Paulo Rodrigues. Para o eleito comunista, o controlo orçamental “não é transparente nem coerente e procura ocultar o verdadeiro destino das verbas gastas”.”O relatório leva a assembleia a questionar se não anda a votar orçamentos virtuais”, acrescentou.A falta dos mapas das alterações orçamentais à despesa e à receita foi a principal crítica apontada pela bancada do PSD ao relatório. Para além disso, a bancada considera haver “incoerência na apresentação das contas”. Depois de reprovar os documentos, o PSD fez uma declaração de voto na qual afirmou que a posição inicial seria a abstenção mas que as contas incompletas levaram à alteração do sentido de voto. Também o Bloco de Esquerda (BE) iria inicialmente abster-se, tendo acabado por votar contra, “pelo que foi dito na discussão”, como afirmou o eleito Luís Mendes. Para a bancada do PS, a situação não é tão dramática. “Claro que todos gostaríamos de ter mais dinheiro. Toda a gente sabe que a Póvoa de Santa Iria é a freguesia do concelho, senão mesmo a do país, mais prejudicada no que toca a receber verbas da administração central”, frisou o eleito socialista João Quítalo. Para os socialistas, o relatório revela um “bom desempenho em termos globais e uma gestão equilibrada e racional”. João Quítalo realçou como ponto positivo a eliminação das barreiras arquitectónicas, uma das rubricas com maior execução, com 97,14 por cento.A bancada da CDU ainda propôs a suspensão do ponto para que o relatório fosse reformulado e apresentado numa próxima sessão extraordinária da assembleia mas a proposta acabou por ser rejeitada. O presidente da junta de freguesia Jorge Ribeiro (PS) afirmou que não iria fazer qualquer reformulação. “Estão lá todos os dados, a assembleia tem que se pronunciar sobre eles”, afirmou. “Todos os anos enviamos os documentos da mesma forma e nunca houve qualquer indicação do Tribunal de Contas”, sublinhou o autarca.As contas devem ser aprovadas até ao final do mês de Abril. A junta de freguesia vai ter de pedir a prorrogação do prazo ao Tribunal de Contas e o relatório deve ser de novo submetido à apreciação e votação da assembleia.
Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria chumbou as contas

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