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Duelo verbal entre Moita Flores e Luís Almeida agita sessão da assembleia municipal

Presidente da câmara acusou socialista de ser a “essência da Santarém velha, bacoca e reaccionária”
O presidente da Assembleia Municipal de Santarém teve de intervir e aconselhar moderação no discurso ao presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), numa altura em que, na sessão de sexta-feira, este desferia um ataque verbal violento ao eleito socialista Luís Almeida. António Pinto Correia (PSD) interveio após ter sido interpelado pelo visado, que lhe pediu para “manter a dignidade” nos trabalhos.Moita Flores considerou “anedótica” a intervenção de Luís Almeida, onde este acusou a câmara de boicotar a existência do Cnema e levantou reservas quanto ao protocolo celebrado com o Exército para criação de um museu evocativo da passagem da Cavalaria por Santarém. Museu que, na sua óptica, poderá resumir-se a “alguns tarecos” e que, por isso, poderá não ser digno do nome de Salgueiro Maia que já lhe foi atribuído. O presidente da câmara reagiu começando por pedir “grande tolerância” para a intervenção de Luís Almeida – “que é aquilo que é e nunca passará daquilo que é”.O discurso foi depois subindo de tom. Sobre a questão do museu, cujo protocolo foi celebrado no dia 25 de Abril, acusou-o de não saber do que estava a falar. “Não sabe porque não esteve na cerimónia para a qual foi convidado. Se estivesse lá perceberia o que disse o comandante da Escola Prática de Cavalaria e o presidente da Câmara de Santarém”.Definindo Luís Almeida como “uma sereia encantatória” e “essência da Santarém velha, bacoca e reaccionária que nós temos que vencer”, Moita Flores abordou a questão das relações com o Cnema para dizer que a intervenção do eleito socialista “é a voz do nada”. “Está a falar de coisas que não sabe”, afirmou, acrescentando que “algum PS quer transformar o Cnema em arma de arremesso contra a Câmara de Santarém”.O presidente da câmara considerou o Cnema como “uma empresa respeitável com quem queremos colaborar” e reconheceu o esforço que a sua administração está a fazer para recuperar a situação financeira do parque de exposições. “Mas não me podem pedir que deixe que violem a lei. O Cnema, como todas as instituições respeitáveis, tem que cumprir a lei”. Uma alusão à possibilidade de a autarquia não licenciar a praça desmontável que o Cnema instalou para a feira taurina que vai promover em Junho (ver peça na página 14).Luís Almeida ainda alegou perante o presidente da assembleia que não havia dito “qualquer palavra ofensiva” que justificasse aquela reacção, suscitando a reacção de Moita Flores: “Fez as insinuações que fez e depois quando respondo fica amuado. Não tenho jeito para levar e calar”. O eleito socialista respondeu à letra: “Não fico ofendido com as palavras de Moita Flores. Não somos ofendidos por quem quer”. E terminou com um: “Senhor presidente, tenha pena de si”.

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