Presidente da junta de freguesia preocupado com futuro de Valada
O presidente da Junta de Valada mostra-se preocupado com o futuro da freguesia caso se mantenham as restrições impostas pelo Instituto da Água (INAG) e Ministério do Ambiente no que respeita a construção de novas habitações.Durante a Assembleia Municipal do Cartaxo de segunda-feira Manuel Fabiano (PS) lembrou que a nova legislação aplicada na freguesia apenas permite a construção de edifícios existentes e sem alteração de traça, utilização e área de implantação. E apenas concede que novas habitações possam ser edificadas com a soleira 2,5 metros acima da cota da maior cheia dos últimos 100 anos, que remete a 1979.“Há cinco anos contávamos com cinco escolas e há 30 anos tínhamos 120 alunos, quando hoje sobra apenas uma escola. Os 800 ou 900 residentes da freguesia diminuem cada vez mais e se esta tendência continuar o concelho do Cartaxo vai passar a contar com sete freguesias daqui a alguns anos em vez de oito”, analisou o autarca. Manuel Fabiano disse ainda que com estradas nacionais em péssimo estado e com a “especulação imobiliária” que se tem verificado na freguesia não se espera nada de positivo. “Durante o fim-de-semana temos três ou quatro mil pessoas de Lisboa e de outros locais de fora que compram cá segundas casas, enquanto os filhos da terra vão saindo por incapacidade económica”, lamentou. Acrescenta que em zonas de leito de cheia, seja em Almeirim, Salvaterra, no Porto ou Coimbra, se deixa construir e só em Valada é que não.
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