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Xira Golfe aposta em demonstrar que o golfe não é só para ricos

Xira Golfe aposta em demonstrar que o golfe não é só para ricos

Clube organiza torneio em nome próprio a 10 de Maio e espera uma grande participação

Golfistas de Vila Franca de Xira querem fazer crescer modalidade. Jogar pode tornar-se uma dependência saudável, confessam os adeptos da modalidade.

“Em Portugal não há tradição de golfe. Só joga quem chega a uma fase da vida em que lhe resta lutar contra si próprio. Quem tem de lutar contra os outros, joga ténis”, brinca Fernando de Carvalho. A expressão, que o director executivo do Xira Golfe ouviu a um amigo inglês, é “uma boa descrição do que é golfe de como se deve estar na modalidade”, explica o dirigente do único clube da modalidade no concelho de Vila Franca de Xira. Fundado em 2008 com a missão de desmistificar o golfe, o clube começou com uma conversa entre António Gravelho, presidente do clube, e Fernando Carvalho. Os objectivos de “reunir todos os jogadores de golfe no concelho” permitiram ao clube começar com 12 sócios fundadores e organizar, no ano passado, um torneio em que participaram mais de 80 jogadores. O campo de Ribagolfe, em Benavente, vai receber a 10 Maio o primeiro torneio deste ano organizado pelo clube.“O principal obstáculo à entrada na modalidade é o facto de enquanto não se sabe jogar não se poder ir ao campo. É necessário passar muito tempo no campo de treinos a bater bolas. Muitas pessoas vão ao golfe não comprar os tacos”, nota Fernando Carvalho. Depois da aprendizagem, a modalidade apossa-se dos jogadores. “Não há fim-de-semana que possamos ficar em casa. No campo, até passamos fome e sede, mas gostamos de jogar e testar a nossas resistência. Por vezes, acaba por ser uma dependência”, confessa António Gravelho. A modalidade, que se joga num campo composto por dezoito buracos, e em que cada jogador tem de conseguir introduzir a bola abaixo de um número de pancada mínimo de acordo com um grau de habilidade pré-estabelecido (handicap) ao longo do tempo e em cada campo. António Gravelho sublinha no entanto também a importância do “décimo-nono buraco”, a parte do convívio em que todos participam. Numa modalidade em que Filipe Lima é o único profissional de nacioalidade portuguesa, o Xira Golfe inclui jogadores com algumas vitórias no seu palmarés. António Gravelho ganhou António Gravelho ganhou ontem o 11.º Clássico Internacional Dom Pedro, em Vilamoura, torneio que reuniu 80 jogadores de Irlanda, Inglaterra, Escócia, Holanda e Portugal. O golfista é um dos mais cotados da modalidade. Maria Idalina Silvestre, sócia fundadora do clube, esteve em Sydney, Austrália, a disputar o BMW Golf Cup International 2007 depois de ter conseguido um primeiro lugar na final nacional. Enquanto os atletas evoluem na modalidade, o sonho de criar uma “clínica”, ou seja uma escola de golfe, em colaboração com as escolas de 1.º ciclo do concelho, vai tomando solidez. “Mas não podemos avançar sem ter solidez e garantias”, conclui António Gravelho.
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